A cultura popular abandonada em Maracanã



A quarta quadra junina - aliás, junho é o mês mais propício para as brincadeiras populares - do atual governo tucano da prefeita D.Costa não será nada diferente. As manifestações populares em quatro anos sofreram um processo de regressão e tentativas claras de extinção, diante da falta de cuidado por parte das autoridades. No ano passado, nenhuma quadrilha junina se apresentou. Agora em 2016, somente duas estarão brilhando nos terreiros e em razão do esforço e perseverança de seus brincantes apaixonados.
Que tempo bom!
Os grupos folclóricos sem apoio cultural do poder público não conseguem "sair às ruas" para animar as rodadas de fogueira. Cordões de pássaros, boi bumbá, quadrilhas cômicas, estão quase extintas ou sobrevivem da solidariedade de alguns comerciantes e pessoas da comunidade que reconhecem a importância da cultura popular na perenização da história de um povo para as futuras gerações.
E tinha concurso oficial municipal e intermunicipal. Volta!
Quando o atual secretário de cultura assumiu, criou-se certa expectativa, já que o mesmo é egresso dos movimentos culturais da vila de Fortalezinha, na imaginária e cultura ilha de Maiandeua. Um caboclo simples e batalhador, mas que diante do pouco caso que faz a prefeita D.Costa para  cultura, resolveu se acomodar nas entranhas de uma pousada na cidade.
As manifestações populares...
A atual prefeita até tenta copiar os eventos grandes do passado, mas se esquece do principal: cultura viva, aquela que vem das ruas, que nasce nos curimbós, nos versos simples de pescadores, no enredo improvisado dos poetas populares, nas toadas do sitio, enfim...
A transparência nas notas: lidas e contadas ao vivo como no RJ no carnaval
Reconhecer a relevância de um povo, passa delicadamente pelo apoio efervescente à cultura e suas expressões.

Na última semana, o personagem "Fofão" que é o palhço mais famoso da cidade, quando encarna o e"netinho da vovó" no grupo folclórico 'boi Vagalume', passou o chapéu entre cidadãos da cidade, buscando angariar recursos para que o boi não morra e possa mais uma vez marcar presença nas ruas, nas noites de junho, alegrando o povo. Numa das visitas, reclamou que durante 4 anos nenhum apoio recebeu do poder público, mesmo sabendo que todos os anos a Câmara Municipal aprova verbas no orçamento para tal finalidade.

Que o tempo se encarregue de salvar a cultura de Maracanã. E não demore muito. Viva São João!

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1 Comentários

  1. Infelizmente esse tal jovem mencionado preferiu se esconder em vez de lutar e demonstrar sua competência e ajudar a desenvolver a cultura local. A cultura pede socorro em Maracanã! E o povo diz: fora dica enganadora!

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