370 ANOS DE MARACANÃ - Celebrando a cidade I




E entre tantas tarefas nas áreas literária e musical, o historiador Emanuel Pereira, separou um tempo para atender um pedido especial vindo de uma internauta, que procurou no Blog tudo sobre Maracanã e realmente encontrou muitas publicações que contam um pouco do que somos e de onde viemos.

Entretanto, nada sobre o surgimento dos bairros da cidade. Então na semana de aniversário vamos saber um "tantinho" sobre a história bela da boa terra. Diga ai poeta:


"Sobre o assunto dos bairros de Maracanã, o primeiro foi a Campina - onde a cidade começou. O nome advém de um cultivo de flores que existia no local, e que pertencia ao padre João de Aquino Carrera. Nesse aglomerado, surgiu a primeira rua, o primeiro cemitério, o pelourinho, o Senado da Câmara, a primeira igreja, o primeiro educandário, e uma olaria de propriedade da Igreja, que ficava no sítio Umarizal, nas cercanias da Angica, fonte de água fresca (cacimba), que atendia a comunidade, além de poços escavados nos eitos das moradias e revestidos de pedra e cal. 

Com a expansão da Freguesia, a parte baixa da cidade, como era chamada, devido a convergência das ladeiras, surgiu um porto de referência dos pescadores artesanais e se tornou num outro núcleo habitacional, chamado de parte baixa, e que tinha como linha divisória o caminho do Bocal. A redondeza ganhou moradores, a igreja de São Benedito, e o cemitério público, pertencente a Irmandade do Divino Espírito Santo. E vieram as roças, os sítios, e um novo porto, onde foram instalados barracões para abrigar a marcenaria naval, atividade que aflorava na cidade. O local era circundado por falésias que continham barro amarelo chamado de Tacuã, propriedade que deu origem ao bairro chamado de Itacuã

Com a implantação da rede telegráfica, uma novo aglomerado surgia na chamada Estrada do Fio. E vieram as roças, e novos moradores. A cidade evoluía e e aumentava sua área suburbana. O Arraial do Divino Espirito Santo, mais tarde Valparaíso, e hoje, Jurunas. Nessa sequência, uma nova comunidade, se estabelecia no outro extremo da cidade. Formado por descendentes de negros escravos, e servida pelo lendário poço do Bocal e pela cacimba da Sururina, surgia a Sururina, cantando carimbó e rendendo glórias ao Divino Espírito Santo. No correr dos anos o nome do bairro mudou para Imperial em decorrência ao nome do time de futebol que influenciou a mudança.



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Na semana de aniversário de 370 anos de Maracanã, teremos mais novidades. O professor, poeta, romancista, compositor, Emanuel Pereira, é o único historiador vivo com mais acervo sobre o município.

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