MALANDRAGEM CASEIRA...
A magia pelas letras me tornou um arraigado amante da boa leitura, hábito que me deu asas para alcançar horizontes coloridos pelos estirões da vida. Hoje, com a vista turva em consequência da doença que me atormenta, reduzi minhas investidas aos chamados livros de "carne e osso", recorrendo, quando necessário, a Internet.
Esse aprendizado me deu o privilégio em publicar uma obra literária de tamanha relevância para a preservação da nossa memória cultural, intitulada "REVENDO CAMINHOS" - sintese histórica da boa terra.
Antes, nesse mesmo viés, já haviamos editado "ATESTADOS DE HUMOR" - um livreto da boa prosa com selo maracanaense.
Tempos depois, abraçávamos o desafio em lançar uma revista moldada nos acontecimentos da cidade.
E chegou a "PREAMAR", cantando em verso e prosa nossos encantos.
Educação, Saúde, Gestão Pública, Infraestrutura, Religiosidade, Cultura, História, assuntos do cotidiano retratados numa modesta revista que se tornou a eleita dos leitores.
Foram 15 edições ininterruptas de mil exemplares, distribuídas em Maracanã, Belém e cidades vizinhas.
Com o correr dos anos, amealhei um modesto acervo sobre a cultura regional. Então, me dispus em agasalhar parte desse documentário num lugar seguro e apropriado para o seu uso.
Assim, há mais ou menos três anos, me fiz portador de uma encomenda literária e a entreguei na Biblioteca "Laércio Barbalho".
Doravante, passaria a integrar o histórico maracanês.
Uma carga de dois livros "REVENDO CAMINHOS", um "ATESTADOS DE HUMOR", obras do nosso roçado; um exemplar "MARACANÃ MEU ENCANTO", de autoria do poeta Elizel Nascimento; um livro "OS LADRÕES NÃO ESTÃO NA CADEIA" autoria do ex deputado e jornalista Geraldo Palmeira; um exemplar sobre a história marapaniense, de autoria do poeta Agripino Conceição, além de todas as edições da "PREAMAR" - 15 revistas.
Um calhamaço significativo que estariam guardados seguramente, e quem sabe, por séculos.
LEDO ENGANO!
Parte dessa encomenda sumiu!
Levaram todas as revistas e os livros sobre a nossa saga histórica.
Desfalquei meus guardados na intenção de uma boa ação.
Lembrar que a apropriação indevida de um bem público é crime e que gestos dessa natureza já levaram a falência duas bibliotecas de grande porte na cidade, efeitos de um vírus da sociedade moderna chamado vandalismo, que a troco de nada, destruiu a fábrica de pescados do Itacoã, e que hoje, poderia estar em atividades gerando emprego e renda na economia local.
Soube agora, que ROUBARAM os holofotes da pracinha recém inaugurada no Complexo de São Miguel.
Sinceramente! Sem palavras...
Com Deus, com a família e com os amigos.
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