O coveiro da meia-noite

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Por Elizel Nascimento


Em Maracanã têm alemão, "japona", coreano, francês, e outros estrangeiros de apelidos.
Francês é coveiro há muitos anos. Certa vez, à noite, foi procurado por um pessoal que desejava enterrar um cadáver, vítima de homicídio, que o "Renato Chaves" havia liberado.
O coveiro aceitou a proposta, depois que acrescentaram ao pagamento, uma garrafa de conhaque.
Francês providenciou as ferramentas e pulou pelo muro do cemitério para cavar, junto de um piquiazeiro. Terminou o serviço em cima da meia-noite.
E como morava ( e ainda mora), na esquina do cemitério, então, juntou as ferramentas num saco de lona e sapecou por cima do muro. Em seguida pulou para fora do cemitério e viu um casal em desabalada carreira, o qual se dispersou no vértice da esquina. Os dois semi-despidos estavam fazendo "motel" na sombra do piquiazeiro pro lado da rua.
No outro dia, o "Francês", foi tomar uma "birita" num boteco do "Itacoã".
No momento em que o comerciante ia botar o trago no copo, o mesmo interrompeu o coveiro com a seguinte pergunta:
- Mas Francês: É certo que tem uma "visage" que joga um saco de ossos por cima do muro do cemitério, quando chega meia-noite?...
Francês só fez rir. Ele sabia que o saco de ferramentas fez um barulho "medonho" e assustou o casal que estava na "sacanagem"...

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