Nova tarifa de ônibus começa a valer a partir de meia noite em Belém

Começa a valer a partir da meia noite desta terça-feira (20), o novo valor da passagem de ônibus em Belém. A homologação foi publicada do Diário Oficial desta segunda-feira (19). Com isso, a partir de amanhã, os passageiros passam a pagar R$ 3,30 (inteira) e R$ 1,65 a meia passagem.

A mudança também vale para os transportes coletivos de Belém–Mosqueiro/ Mosqueiro-Belém, com passagem custando R$ 5,30, sendo R$ 2,65 o valor da meia passagem; e para o transporte coletivo hidroviário do trajeto Belém-Cotijuba / Cotijuba-Belém: de segunda à sexta-feira, que passa para o valor de R$ 3,30, sendo o valor da meia passagem fixado em R$ 1,65; e aos sábados, domingos e feriados, para R$ 6,60, sendo que a meia passagem R$ 3,30.

Novo preço da passagem de ônibus em Belém está acima da inflação

Na última quinta-feira (15), o Conselho Municipal de Transportes aprovou o aumento da passagem do transporte coletivo de Belém. E, na sexta-feira (16), foi homologado pela Prefeitura de Belém. 

Câmara é contra o aumento 

Nesta segunda-feira (19), a Câmara Municipal de Belém se pronunciou contra o aumento. Aprovada à unanimidade pelos vereadores, a CMB vai enviar para a Prefeitura de Belém uma solicitação para que seja reconsiderada a decisão de reajustar o valor da tarifa do transporte coletivo na capital. 

O requerimento apresentado pelo vereador Toré Lima (PRB) pede que Zenaldo Coutinho mantenha o valor de R$ 3,10 até que seja realizada a Licitação Pública dos Transportes Coletivos de Passageiros, baseada nas alterações na lei orgânica do município que foram aprovadas no ano passado. “Estamos cumprindo o nosso papel de intervir nesse aumento que é absurdo. Todas as camadas sociais reclamaram dessa mudança. É preciso rever esse valor”, defendeu Toré.

A vereadora Marinor Brito (PSOL) considerou o reajuste de 6,45% como uma afronta ao direito de ir e vir da população e destacou o transporte público da capital como um dos piores do Brasil que não tem segurança, nem higiene. Marinor anunciou ainda algumas intervenções que serão feitas. “Vamos apresentar uma emenda à Lei Orgânica para reduzir o tempo de vida útil dos veículos, apesar de que os contratos não são cumpridos. Não podemos cruzar os braços”, pontuou Marinor.

O requerimento apresentado por Toré solicitou ainda que sejam inseridas nos anais da casa reportagens sobre o assunto que foram publicadas em veículos de imprensa da capital. O pedido também será encaminhado ao Conselho Municipal de Transportes, Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), Ministério Público do Pará (MPE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Pa) , Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel), Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-Pa) e aos membros da bancada paraense no congresso nacional.

(DOL)