PMDB no Senado, PMDB na Câmara, Sarney e Petrobras
> Renan Calheiros no Senado
Renan Calheiros (PMDB-AL) reelegeu-se ontem (1) presidente do Senado pela terceira vez. Desafiado por uma candidatura do próprio PMDB o senador Luiz Henrique (SC), Calheiros obteve 49 votos contra 31 do adversário.
Nas duas vitórias anteriores e nessa, Renan Calheiros contou com o apoio incondicional do Palácio do Planalto e do PT.
> Eduardo Cunha na Câmara
Destarte os esforços do Palácio do Planalto, que passou todo o janeiro tentando desidratar a candidatura do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara Federal, inclusive lançando um candidato do PT ao cargo, o peemedebista venceu a eleição no primeiro turno, com 267 votos e assumiu a presidência da Casa com ares de primeiro ministro.
Embora membro do maior partido da base aliada, Cunha desafia o Planalto desde que assumiu a liderança do PMDB na Câmara Federal.
O governo errou ao entrar tarde demais na disputa e na escolha do candidato: o petista Arlindo Chinaglia (SP), que obteve 136 votos, não é benquisto pelos seus pares, o que fez com que a máquina do governo não fosse suficiente para içar-lhe da derrota na qual todos apostavam.
Júlio Delgado (PSB-MG), obteve 100 votos e Chico Alencar (PSOL-RJ) 8 votos.
Embora alguns governistas incautos aconselhem o governo a retaliar os deputados da base aliada que se uniram à oposição para eleger Cunha, o Planalto, se juízo tiver, deverá fingir que não foi com ele.
Abaixo, um balanço de perdas e ganhos da editoria da Folhapress, sobre a eleição de Eduardo Cunha:
> Sarney sai batendo na Petrobras
Em seu último dia como senador da República, em artigo publicado ontem (1) no jornal "O Estado do Maranhão", José Sarney despediu-se da política.
No adeus aproveitou para apupar a Petrobras por conta do cancelamento, anunciado da construção da refinaria Premium 1, cujas obras já caminhavam em Bacabeira, a 53 km de São Luís.
"Uma decisão que é uma manifestação de discriminação, desprezo, ingratidão e injustiça. Que culpa tem o Maranhão pela corrupção e pela bagunça da Petrobras? Pagamos nós pela Lava Jato!", esbravejou Sarney.
É fato que Petrobras virou de ponta-cabeça e toma uma decisão anômala ao descontinuar uma obra na qual já investiu R$ 1,8 bilhão desde 2007.
Mas não foi somente no Maranhão que a Petrobras temorizou: a petroleira também anunciou a desistência da refinaria Premium 2, no Ceará, onde já investiu R$ 1 bilhão.
As decisões são temerárias: a empresa investe R$ 2,8 bilhões em obras de duas refinarias e, não mais que de repente, conclui que não as quer mais. A prudência aconselharia arrefecer as obras até achar quem compre os ativos para conclui-las, pois vender esqueletos é certeza de depauperação de preço.
origem: Blog do Parsifal
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