Por André Julião, da Agência Fapesp
Imagem: Antônio Lima
Um peixe com grande produção de filhotes, altas taxas de crescimento, dieta majoritariamente vegetariana, resistência a baixas quantidades de oxigênio na água e com demanda no mercado é o sonho de qualquer piscicultor.
Sem que houvesse grandes investimentos em inovação e melhoramento genético, o tambaqui (Colossoma macropomum) reuniu essas características e alcançou uma produção anual de 100 mil toneladas no Brasil, atrás apenas da tilápia, com cerca de 500 mil toneladas.
A diferença é que a espécie africana foi alvo de um grande programa de melhoramento a partir dos anos 1980, na Ásia. A variedade melhorada – conhecida como GIFT (sigla em inglês para tilápia de criação geneticamente melhorada) – é produzida hoje em 14 países, incluindo o Brasil, que tem ainda uma cadeia de empresas dedicadas à pesquisa e desenvolvimento de produtos voltados a esse mercado.
Por conta de suas características naturais, o tambaqui, peixe nativo dos rios amazônicos, é apontado por pesquisadores como dono de um potencial no mercado não apenas nacional, como global, podendo se tornar uma verdadeira commodity brasileira. No entanto, faltam investimentos em inovação, apontam pesquisadores em artigo publicado na revista Reviews in Aquaculture.
“Um peixe amazônico, com dieta 75% vegetariana e manejo muito fácil, tem um enorme potencial como produto sustentável, num momento em que a aquicultura está sob ataque por conta dos impactos no meio ambiente causados, por exemplo, pela cultura do salmão, primeiro peixe a se tornar uma commodity internacional”, conta Alexandre Hilsdorf, professor e pesquisador do Núcleo Integrado de Biotecnologia da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), primeiro autor do estudo.
O trabalho reúne o conhecimento mais recente sobre diversos aspectos da cultura do tambaqui, desde a história da produção no Brasil – as primeiras tentativas de domesticação datam ainda dos anos 1930 –, passando pelos sistemas de produção, genética, nutrição, doenças, até os métodos de processamento.
Sem que houvesse grandes investimentos em inovação e melhoramento genético, o tambaqui (Colossoma macropomum) reuniu essas características e alcançou uma produção anual de 100 mil toneladas no Brasil, atrás apenas da tilápia, com cerca de 500 mil toneladas.
A diferença é que a espécie africana foi alvo de um grande programa de melhoramento a partir dos anos 1980, na Ásia. A variedade melhorada – conhecida como GIFT (sigla em inglês para tilápia de criação geneticamente melhorada) – é produzida hoje em 14 países, incluindo o Brasil, que tem ainda uma cadeia de empresas dedicadas à pesquisa e desenvolvimento de produtos voltados a esse mercado.
Por conta de suas características naturais, o tambaqui, peixe nativo dos rios amazônicos, é apontado por pesquisadores como dono de um potencial no mercado não apenas nacional, como global, podendo se tornar uma verdadeira commodity brasileira. No entanto, faltam investimentos em inovação, apontam pesquisadores em artigo publicado na revista Reviews in Aquaculture.
“Um peixe amazônico, com dieta 75% vegetariana e manejo muito fácil, tem um enorme potencial como produto sustentável, num momento em que a aquicultura está sob ataque por conta dos impactos no meio ambiente causados, por exemplo, pela cultura do salmão, primeiro peixe a se tornar uma commodity internacional”, conta Alexandre Hilsdorf, professor e pesquisador do Núcleo Integrado de Biotecnologia da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), primeiro autor do estudo.
O trabalho reúne o conhecimento mais recente sobre diversos aspectos da cultura do tambaqui, desde a história da produção no Brasil – as primeiras tentativas de domesticação datam ainda dos anos 1930 –, passando pelos sistemas de produção, genética, nutrição, doenças, até os métodos de processamento.
0 Comentários