Amazônia: conheça cinco gigantes da maior floresta tropical do mundo


Animais, plantas e recursos naturais que, pela grandeza, exemplificam a dimensão do bioma.





No “passaporte” do Terra da Gente o carimbo da Amazônia se repete dezenas de vezes — Foto: Carlos Alberto Coutinho/TG





Há mais de 20 milhões de anos, o “pulmão do mundo” era árido. Constituído por um grande deserto, onde tudo evaporava, nenhuma mata de grande porte se estabelecia no território. Foi então que o mar invadiu. Grandes corpos d’água começaram a entrar e regredir, num movimento constante. Aos poucos, uma grande cordilheira se formou modelando toda a paisagem geológica e, então, a floresta surgiu. Da aridez à fartura de vida.

Essa é a provável história da origem da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, maior reserva natural do Planeta, casa para a maior biodiversidade da Terra, no maior bioma do país.




Amazônia é cenário de deslumbrantes paisagens, místicas lendas e exclusividade de animais e plantas — Foto: Terra da Gente

Na terra dos superlativos, até mesmo o desmatamento virou uma polêmica de grandeza. Enfrentando as piores devastações em décadas, entidades protecionistas e unidades de conservação tentam conter o avanço de máquinas, mãos e labaredas. Na área que ainda resiste, exemplares simbólicos da fauna e flora também tentam se fortalecer.

O Dia da Amazônia (05/09) foi instituído como referência à data em que houve a criação da província do Amazonas por D. Pedro I, em 1880, e tornou-se um marco na conservação do domínio natural. O momento também dá uma oportunidade para relembrarmos os gigantes que vivem no território. Integrantes esses que, muitas vezes de forma exclusiva, ajudam a dar proporção ao refúgio da natureza.





rios amazônicos — Foto: Arquivo TG


O rio gigante

Acredita-se que o Rio Amazonas seja uma das formações “jovens”, na escala de desenvolvimento da Amazônia. Com cerca de 40 mil anos, o recurso nasceu de forma simultânea à descoberta de habilidades pelos hominídeos que se tornavam caçadores àquela época.


Com mais de 6.400 quilômetros de extensão, o Amazonas é o segundo rio mais longo do mundo, ficando atrás apenas do rio Nilo, na África. Alimentado por afluentes, é ele quem possibilita a existência de florestas tropicais úmidas, floretas inundadas, savanas e igarapés.

É também o eixo principal da bacia hidrográfica Amazônica que direciona aproximadamente 500 litros de água produzidos diariamente por cada uma das árvores da floresta e lançados para a atmosfera, formando assim os famosos rios voadores, responsáveis pelas chuvas das regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.




Sucuri é a maior espécie de cobra da Amazônia e pode chegar a até 8 metros de comprimento. — Foto: Divulgação/Alexandre Almeida


A cobra gigante

A maior cobra do Brasil e a segunda maior do mundo tem nome e lendas de peso: a sucuri-verde (Eunectes murinus). A serpente pode alcançar oito metros de comprimento e atingir até 100 kg. As maiores costumam ser as fêmeas, muito superiores aos machos em tamanho, já que possuem uma dieta voltada a presas maiores e precisam dar conta da criação de dezenas de filhotes.


Embora as sucuris não sejam peçonhentas e seres humanos não façam parte de sua dieta, a defesa delas é dar vários botes ao se sentirem ameaçadas. A serpente se alimenta das presas por estrangulamento dos vasos sanguíneos (e não quebra dos ossos, como muito se pensa).




Pirarucu é o maior peixe de escamas de água doce do mundo — Foto: /TG


O peixe gigante


O pirarucu (Arapaima gigas), peixe nativo da Amazônia, chama atenção pelo tamanho, aparência e comportamento. Soberano, pode alcançar até dois metros de comprimento e pesar 200 quilos. Não por acaso, assume o pódio de maior peixe de escamas de água doce do mundo.


Ao observar esta espécie de perto é fácil perceber que ela traz traços “primitivos”. Originário de quase 190 milhões de anos, quando a América do Sul e a África formavam um único continente, é considerado uma lenda viva da Amazônia e um representante da história.


De apetite voraz e dieta variada, o peixe se alimenta frutas, vermes, insetos, moluscos, crustáceos, anfíbios, répteis, outros peixes e até mesmo aves aquáticas. Pelas proporções e pelo apetite, o avanço dessa espécie para outras regiões, além do ecossistema habitual, preocupa pesquisadores.





“Besouro Titan”, o Titanus giganteus não é apenas um inseto grande, ele é o maior besouro do mundo — Foto: Wikimedia Commons


O besouro gigante

A maior espécie de besouro do mundo dá dimensão da grandeza até no nome científico: Titanus giganteus. Com até 15 centímetros de comprimento, o inseto impressiona quem visita o norte da América do Sul, especialmente o norte do Brasil.


A mandíbula desse inseto é tão poderosa que pode partir um lápis em dois e, na Amazônia, é também chamado de besouro serra-pau, porque é capaz de serrar galhos de árvores para se alimentar. Apesar de voadora, a espécie não pica, mas pode beliscar com força. É também considerado o maior inseto do mundo, em termos de volume, já que alcança o peso de 70 gramas.







Vitória-régia é um flor típica da região amazônica e protagonista de lendas — Foto: Arquivo TG


A flor gigante


A vitória-régia (Victoria amazonica) é considerada a maior flor das Américas e a maior planta aquática do mundo. Conhecida também como jaçanã, a espécie é nativa do Norte do Brasil, da Bolívia e das Guianas.





Vitória-régia é a maior flor das Américas. As flores se formam na primavera e no verão. — Foto: Arquivo TG


A planta possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água e quando jovem, possui um formato de coração. Essa estrutura pode chegar a 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos, se forem bem distribuídos em sua superfície.


A floração da vitória-régia ocorre de março a julho, quando uma flor branca se abre durante a noite e se mantém assim até às nove horas da manhã seguinte. A partir de então as pétalas ganham um tom rosado, como forma de demonstrar que a planta está pronta para a polinização.


 Fonte: G1

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