SÃO ROBERTO - Recanto onde o tempo não passa

 
 
Por Emanuel Pereira



Navegando pelas águas barrentas do Caripí, aportamos em vilas e povoados, catando um pouco da história de cada lugar - sem dúvida, um passeio imperdível pela história da boa terra.
Hoje, a nossa referência é a vila de São Roberto, distrito municipal que dispõe de acesso rodofluvial. Recanto aprazível situado à margem direita do rio Caripí e distante 15 quilômetros da sede do município, apresenta uma população estimada em 1.600 habitantes.
Um Pôr-do-Sol bronzeando a torre da vila

São Roberto vive basicamente da agricultura de pequena subsistência e, em menor escala do extrativismo do caranguejo.
Interligada a rede Celpa, água canalizada, igrejinha do santo do lugar, casa evangélica de orações, seção eleitoral, posto de saúde, escola de ensino fundamental e cemitério público.
A localidade registra seu maior movimento no mês de agosto, por ocasião da festa de aniversário do Clube União.
O rio Caripí banha a vila

Folheando as páginas do tempo, São Roberto já possuiu cartório de registro civil, comissariado de polícia, banda de música, comércio abastado, e até energia elétrica mantida pela Prefeitura - anos 50, quando apenas a cidade e a vila de Santarém Novo contavam com tal benefício.
Na política, Bertoldo Costa, o grande vulto maracanaense nasceu no sítio Nazaré distrito de São Roberto.
Jonathas da Costa Alves foi eleito prefeito municipal (1950/1952).
Ivanildo Alves, ex-deputado estadual nasceu nas cercanias da vila.
Com tantas peculiaridades, não podemos esquecer do porto seguro da professora Zózima Ferreira, que mantém com recursos próprios, uma modesta oficina de trabalhos manuais e uma pequena biblioteca com mais de mil volumes, ponto de referência para os estudantes da própria redondeza.
No lendário popular, estórias da "Matinta Perera" e as aparições da "Cobra Grande" nos estirões do Caripí.







O Igarapé "Rio Grande"

* O autor é professor, poeta, escritor e historiador de Maracanã

Imagens: Portal São Roberto

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