O baixo fluxo de turistas na ilha por causa da pandemia oportuniza que as espécies depositem seus ovos na praia
Crédito: Reprodução
A ilha de Algodoal é conhecida por manter seus traços culturais, como o carimbó, além de oferecer aos visitantes uma beleza rustica conservando belas praias, mangues, dunas e lagos. Desde o início do mês de agosto a ilha guarda outro atributo: se tornou um santuário para as tartarugas marinhas.
Com o acesso reduzido de turistas na ilha, aumentou o número de tartarugas depositando seus ovos em ninhos na praia da Princesa, uma das mais conhecidas na região. No último final de semana, mais um grupo de filhotes nasceu.
Os animais passaram pela biometria - como é chamado o processo de identificação - onde são medidos os tamanhos dos cascos e verificado o peso de cada um. Feito isso, os 43 filhotes de tartaruga marinha, da espécie Oliva, foram soltas nas praias de Algodoal.
As informações coletadas pela equipe do projeto Suruanã, responsável pelo acompanhamento, são armazenadas no banco de dados nacional do projeto Tamar e poderão ser acessadas por pesquisadores da UFPA, que fazem o monitoramento de tartarugas marinhas no litoral paraense.
Os filhotes levam de 25 a 30 anos para chegar à idade adulta. Segundo especialistas, de cada mil filhotes que nascem, no máximo 2 conseguem chegar a idade adulta. Os predadores naturais e a pesca irregular são as principais causa de morte das tartarugas marinhas.
Nos último 3 anos, o projeto Suruanã já identificou e catalogou 200 tartarugas marinhas adultas somente na região de Curuçá e Maracanã, onde fica a ilha de Algodoal.
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