Conterrâneos no Sul e Sudeste do Brasil - I

A migração na civilização é uma constante, mesmo em épocas remotas, ou no novo mundo tecnológico-digital de hoje. Migrar é buscar novas condições de vida, salvaguardando seu grupo, lutando pela sua sobrevivência e de outros.

Na nossa região do salgado paraense, principalmente Maracanã e Salinópolis, percebe-se que migrar tornou-se uma solução para respirar novos ares no mercado de trabalho e também na capacitação profissional. Santa Catarina tem sido a "menina dos olhos" dos jovens que querem trabalhar e estudar ao mesmo tempo buscando um novo espaço e um novo estilo de vida.

Impossível dizer que é um caminho fácil. Muito difícil afirmar que é o caminho correto. Mais difícil ainda emitir um conselho se é bom ou ruim. Afinal, acostumar-se à uma nova vida remete aos foros mais intimos e pessoais.

A saga do nordestino décadas a fio que saia de seu árido sertão para São Paulo na busca de sobreviver, agora em tempos modernos ganhou contornos mais diferentes além do clima. A falta de indústria que agregue valor na Amazônia tem sido determinante para isso. Sem empregos e quaisquer expectativas, jovens deixam seus lares, raízes e famílias e buscam o caminho do aeroporto ou os terminais rodoviários. "Peguei o Ita no Norte" tão cantando em prosa e verso no passado, agora ganhou outros nomes: TAM, GOL, AZUL.
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O Blog ouviu pessoas de nossa região, conterrâneos que optaram em morar nos estados de Santa Catarina (Sul) e São Paulo (Sudeste), buscando compreender como vivem, o que fazem, como se divertem e se os planos de retorno são breves. O resultado de tudo isso você verá numa série de postagens sobre o assunto.

Hoje vamos conhecer Renata Costa. Acompanhe a entrevista básica que serviu para ouvir todos os nossos conterrâneos envolvidos nas postagens do Blog.

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Renata Costa é maracanaense, tem 25 anos e mora em São Paulo.  

1. Sei que a saudade da terra de origem é grande, dos parentes, enfim...Mas você faria novamente o mesmo caminho para o sul ou arrependeu-se? 

R: Aqui é bom... sim faria o mesmo caminho, pois não me arrependi.

2. Hoje você mora melhor, estuda melhor, vive melhor ou a migração é apenas uma grande ilusão? 

R: Sim moro bem, estudos melhores, há opções em estudo e emprego.

3. Tem mesmo muitos empregos no sudeste/sul ou tudo isso é mentira? 

R: Sim tem muitos empregos. Apenas o custo de vida aqui é alto demais. Mas emprego e oportunidades têm bastante.
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4. Se você recebesse uma passagem aérea agora mesmo voltaria para sua terra?

R: Voltaria. Mas não pra ficar!

5. O que você faz para se divertir? 

R: Aqui estudo e trabalho, não tenho muito tempo para diversão. Nos dias de folga apenas descanso, porém, aqui tem opções para tudo em lazer. Só que como eu vim atrás de me estabelecer na vida o meu lazer é descansar.

6. Mora com quem? 

R: Meu marido

7. Se pudesse ou se puder traz toda a família? 

R: Sim, trazia minha família 

8. Faz planejamento de voltar pra casa ou sua casa agora é a nova terra?

R: Sim faço planejamento de voltar, mas no momento ficarei um bom tempo por aqui.

9. É difícil a adaptação em um novo lugar?

R: No começo sim, pois sentimos o frio ou quando esquenta é demais. O clima é muito variante, muda rápido demais. Mas com um tempo vamos nos acostumando com um clima que varia toda hora. Vou lhe dar só um exemplo: ontem o dia começou quente e seco mal dava pra respirar e sufoca. Mas acostuma sim e aos poucos. No meu caso já estou acostumada.


Na próxima postagem da série você conhecerá novos personagens.

Da Redação
Ícaro Gomes
Correspondente da Redação de São Paulo
Jorge Negrão Rayol
Correspondente da Redação de Santa Catarina
Itamar Monteiro






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