Gestão de Maracanã sob clima de fim de governo

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Um rateio do Poder entre três pessoas
Estamos no décimo mês de uma gestão, ou seja, há muita lenha para queimar ainda. Em muitos municípios, o clima de início de governo é festejado e comemorado com obras e boas práticas de gestão; em outros, a situação de descontrole já é caótica e o sentimento de arrependimento do povo já é visível.

Há também governos reeleitos com bons resultados colhidos, como o caso do município de Salinópolis, que além de obras tocadas com recursos próprios, alavanca a captação de transferências voluntárias como 10 milhões para orla no laguinho e a duplicação da estrada do Atalaia numa articulação com o governo estadual.

Mas, o caso do município de Maracanã a situação é inversa: há sim um clima de desgosto, uma inércia total, principalmente quando o quesito avaliado são obras estruturantes. Nada acontece de interessante, nada grandioso foi conquistado, a articulação é pífia. O governo municipal é inerte e festeja banalidades.

A prefeita Dica Costa(PSDB) é campeã de nepotismo na região do salgado paraense e governa a cidade num rateio de poder com o marido Luiz Araújo (o famoso Tostão, agora apelidado de milhão) e o o filho Luiz Araújo Júnior, o "Milhãozinho".
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A ilustração mostra como o trio gestor trata o município
É verdade que a crise assola boa parte dos municípios, mas as gestões organizadas estão imunes as adversidades passageiras e conseguem sim imprimir um bom ritmo de trabalho.


Clima de Fim de governo
A imagem pode conter: nuvem, céu, atividades ao ar livre e natureza

O clima na cidade é de fim de governo, onde se serve cafezinho frio. Um sintoma clássico da situação caótica é na folha de pagamento. Em algumas secretarias e órgãos da administração direta há atrasos de dois e três meses de salários. O que demonstra claramente o total descontrole das contas públicas, bem como, o inchaço da lista de servidores. Há muitas acusações que pessoas políticas de outros municípios estão nos pagamentos de Maracanã por suposto pedido de deputado federal ligado a prefeita.

A Câmara Municipal responsável pela fiscalização direta, o controle exercido pela prefeita é nítido. São nove vereadores sob a batuta de bancada da sustentabilidade. E duas vozes - vereadora Fernanda(PMDB) e Vereador Marco Aurélio(PROS) - sobrevivem na oposição denunciando e formalizando ações de fiscalização. A grande maioria dos expedientes que visam colocar as contas municipais sob transparência são rejeitados.
Sexta-feira passada, a vereadora Fernanda solicitou por meio de Requerimento, TODAS as licitações de 2017, mas o documento ainda não foi voltado. Numa sessão de setembro, dois requerimentos pedindo investigação foram rejeitados, sendo que um tratava de fiscalização na iluminação pública da cidade e do interior, programa abandonado faz muito tempo.

Controle Social

Os conselhos municipais de acompanhamento e controle social do Fundeb (CACS) e da alimentação Escolar (CAE), o conselho de Saúde, estão todos sob controle forte do governo municipal. Não há fiscalização ou mesmo proposições. Há um silêncio mantido supostamente por pequenos favores e gratificações.
Como o Ministério Público por meio de Núcleo de combate à Corrupção voltou aos trabalhos após a posse do novo procurador-geral na Prefeitura de Terra Alta, a expectativa é que Maracanã seja em breve um dos alvos de fiscalização, quando finalmente os conselheiros também serão chamados para as explicações.

Até na Educação há atrasos

Os recursos do Fundeb que são constantes e volumosos, já que o governo federal realiza a complementação da União e do Piso, em valores fixos que chegam a cifra de Um Milhão de Reais por mês, não se sabe os motivos não estão mantendo os salários de professores e profissionais da educação contratados em dia.

Até o fechamento da postagem, os professores e pessoal de apoio da educação ainda não haviam recebido os salários de Setembro Isso mesmo!

Na secretaria de Saúde a situação do descontrole só não é maior, devido o secretário adjunto que vem diminuíndo o impeto "guloso" do titular da pasta, filho da prefeita e já considerado na região do salgado paraense como milionário. Segundo uma investigação que o Blog iniciou recentemente, há empresas que fornecem notas fiscais de medicamentos, mas entregam somente um terço dos remédios comprados, o que explicará no futuro a constante falta de medicamentos básicos nos postos de saúde do interior e também no hospital municipal.


Da Redação
Icaro Gomes
Ilustrações: Mágico das Mangabas


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