A polêmica de Belo Monte


Custo de Belo Monte deverá ultrapassar os R$ 40 bilhões

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Em duas postagens escritas em 2010 sobre o início das obras da usina de Belo Monte, eu contestei o preço inicial do leilão (R$ 20 bilhões) e avaliei que o custo final alcançaria os R$ 30 bilhões.

Matéria do “Estado de S. Paulo” de ontem (12) reporta que as projeções do custo de Belo Monte, leiloada por R$ 19 bilhões e financiada por R$ 28 bilhões, dois anos depois do início das obras, já supera R$ 30 bilhões.
Eu opinei, em 2010, que o custo final seria R$ 30 bilhões. Se as projeções atuais são corretas, quando a primeira turbina gerar a hidrelétrica poderá ter consumido mais de R$ 40 bilhões.
> Entraves ambientais e paralizações
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Os construtores debitam o aumento aos entraves ambientais e às paralisações provocadas pelos movimentos sociais e Ministério Público Federal, mas pode estar embutido no choro uma pressão para retribuir a rentabilidade original aos acionistas, calculada em 2010 em 10,5% e hoje reduzida a 6,5% ao ano, o que ainda é menos do que os juros camaradas do empréstimo.
> Só depois de 2014
E do jeito que vão as coisas, não é mais possível gerar no final de 2014, o que aperta mais o retorno e tem rebatimento a maior no preço do quilowatt gerado, destituindo a tese em prosa e versos cantada pela Eletrobrás de que a usina teria um dos menores preços de energia do mundo.
> Eu não disse?
Como dizia o meu pai, “eu bem que avisei, mas quando tu dá de ré pra porta é até bater...”.
Um dia essa turma aprende a calcular custos de grandes obras na Amazônia: Henry Ford e Ludwig que o diga.

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