Madame Lucila e a Parentela


Ela voltou e pra ficar. A velhinha rabugenta estava em viagem para à Veneza brasileira, a grande Recife da folia do frevo, mas não voltou direto para a planície, antes esteve mais ao centro. Madame não gosta muito de barulho e por isso prometeu voltar no carnaval. Viajou com a família toda devido uma "boquinha" patrocinada por uma amiga viúva, muito conhecida nessas paragens, entendeu que comitiva, "staff", seria algo bem familiar. Lucila sofre de distimia, vive de mau humor crônico, porque tem distúrbios no sono devido o "stress" a que se submete sendo uma pessoa rancorosa, arrogante e contumaz em jogar "xavecos" para os seres que abomina. 

Agora, justiça seja feita, Madame cuida bem dos seus, dedica-se muito aos familiares, vai encontrando uma "boquinha" aqui, outra ali e agasalhando a todos e todas da família, que fique bem claro. Deu um jeitinho até com os aderentes, mesmo aqueles que não estão presentes fisicamente no local, mas estão bem "presentes" em espirito e nas listas que chegam às casas bancárias.

É claro que esperávamos bem mais de Madame nesta chegada, notamos assim sua aparência e sua forma de lidar com as pessoas beirando um "despombalecimento". É madame está despombalecida: muito preocupada, sentindo-se "emparedada" por tanta gente que acorre a ela como a solução para suas demandas e vocações mais pessoais. Lucila não está bem, sente falta de alguma coisa, faz suas atividades com mau gosto, aliás, tem um péssimo gosto, nunca foi muita boa com cores, com arte, tem verdadeira ojeriza à simplicidade, gosta de cores "berrantes" e os tons listrados.  Lucila é bem cafona e coloca a gente em cada "mico".

Será que você leitor lembra daquela piada do pai que não quer que a filha case, devido o virtual genro ter uma tatuagem "saudades do meu Pernambuco"? Sei não, madame voltou de Recife, está aqui em atividade, mas tenho a impressão que Lucila sente saudades de Pernambuco.

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