Tem uma expressão popular que vem rompendo a barreira dos séculos, muito utilizada nos meados do século passado, trata-se do adágio: "No tempo do ronca", uma expressão utilizada para designar coisas do passado, antigas, que estão em desuso ou foram descontinuadas.
Recorro ao "tempo do ronca" para observar um Decreto assinado pela gestora de Maracanã e deve ter sido elaborado pela sua assessoria jurídica - indicada por um vereador de Salinópolis - demonstrando o sentimento de autoritarismo, arbitrariedade e por fim razinza, severo e antigo.
Três fatores determinaram a exoneração de concursados e aqui me refiro a três situações, mesmo sendo conhecedor que são dezenas e deveremos esmiuçar melhor aqui no blog - A professora Izete Flecha, efetiva da escola da vila de Curuçabaua "não abriu a porta de sua casa no dia da visita da então candidata a prefeita do PSDB"; Onilda Barros Paixão, da vila de 4 Bocas, servidora efetiva do município disse "algumas frases mais fortes na época da campanha eleitoral, durante visita da atual prefeita"; e Fernanda Cristo, servidora municipal efetiva, é noiva do adversário da atual prefeita na eleição.
Bem, creio que os motivos não estão descritos nos "considerandos" do Decreto. Com a ação em Mandado de Segurança, as três servidoras efetivas devem retornar, mas fica o constrangimento de terem os nomes colocados em listas expostas nos murais da prefeitura, fica o constrangimento e as despesas com honorários de advogados. Certamente, a assessoria jurídica da atual prefeita, deve ter alertado sobre as possibilidades de insucesso do Decreto com este teor, mas a vingança por satisfação pessoal, com o nítido fato de "apresentar-se ao mundo" como a dona da caneta, a que realmente manda a tem seduzido como nunca visto neste município.
Por outro lado, a Associação dos Concursados no estado do Pará, publicou claramente em jornais da capital, que inexiste forma de exoneração de concursado por decreto de prefeito, antes há necessidade de um processo administrativo, com uma comissão de servidores para averiguar caso a caso, investigar, emitir relatórios e proceder com um parecer. Detalhes que pessoas não acostumadas com a democracia não levam em consideração e preferem basear suas atitudes nos elementos vingativos do "tempo do ronca".
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