Ele é um viajante visiteiro, daqueles que enxerga nos lugares os detalhes que não conseguimos identificar. E é justamente neste mês de férias, que nossas malas estão sempre arrumadas para um mergulho aqui e outro acolá. O fotógrafo festejado do Blog conta que "saindo da vila de Carapajó, cortando um entremeado de ilhas que compõem a bacia hidrográfica do poderoso Rio Tocantins, nos deparamos com o belo município de Cametá, no Pará. Um verdadeiro "museu a céu aberto." Seus prédios históricos e Igrejas são como um álbum de fotografias que a cada passo que damos pelas ruas, vão contando as histórias do lugar. Logo na chegada, antes mesmo de atracar, duas embarcações afundadas na frente da cidade, já despertam a curiosidade de quem está chegando. Um é o navio Taubaté, com pouquíssimos registros sobre sua vida marítima; o outro, o Navio Usina Poraquê, bem na frente da igreja matriz, que foi construído na Pensilvânia em 1943 e inaugurado em Charleston, Carolina do Sul. Ele foi projetado para fornecer eletricidade aos EUA na segunda guerra mundial.
Por um certo tempo, os dois foram usados como quebra-mar, na tentativa de conter a erosão causada pelo rio Tocantins. Cametá que no tupi significa "Degrau no mato", respira cultura e você sente isso logo ao desembarcar. No centro comercial tem o belo Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, todo em azul e branco. Andando alguns quarteirões tem a praça do Artista que além de ter um painel em homenagem a Cabanagem, traz também uma estátua do grande mestre Cupijó. Já pelo entorno há o Museu histórico de Cametá, que abriga em seu acervo mais de duas mil peças de artefatos, que são registro desde os tempos da fundação da cidade em 1635 e o Grupo Escolar Dom Romualdo de Seixas . Na praça dos Notáveis, no centro da orla e de frente pro rio, está erguida a Igreja Matriz do padroeiro do município, São João Batista, tombada pelo Departamento de Patrimônio histórico Artístico e Cultural do Pará. Distante a 2 km do centro da cidade, temos a Igreja Nossa do Perpétuo Socorro, a única no Brasil fiel ao projeto das missões Espanholas, e claro, como não poderia deixar de entrar nesse rápido roteiro, a praia da Aldeia, bastante frequentada pelos moradores e visitantes.
Todos esses lugares incríveis, foram visitados em uma única manhã, mas de tão acolhedor que é Cametá, parece que estivemos por lá, no mínimo uma semana, e sim, ainda existe muita coisa pra ser vista na terra do Mapará.
Por Sandro Barbosa
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