Quadrilha Junina "Simpatia Caipira" de Maracanã apresenta Traje e Tema




A Junina Simpatia Caipira, vem com força para ingressar nos terreiros juninos da boa terra e atravessar a fronteira prestigiando novos horizontes vizinhos.
De Maracanã, presidida pelo Mateus Monteiro, teve seu traje oficial 100% confeccionado pelos estilistas Carlos Erlan Filho de Maracanã e Rafael do ateliê "Souli"
Além do traje oficial, vamos apresentar o tema 2024 : "África do Berço Real a corte brasileira"




Celebrar a África é, acima de tudo, um momento de memória, o resgate da herança que vem reafirmar o nosso compromisso genético. É um instante precioso, de lembrança ao povo brasileiro mestiço, esse povo brasileiro que é também africano.

É uma exaltação a todos que viveram o horror do cativeiro, mas que não se deixaram aprisionar o espírito, a alma africana, a fibra que une o indivíduo à ancestralidade.




O objetivo, porém, foge da narrativa do sofrimento vivido nas terras de escravidão; o avesso dessa história vem coroar a majestade africana. Falamos não apenas de uma África, este tema faz emergir muitas Áfricas, cacos de um mesmo pote que na diáspora ocorrida nas travessias dos tumbeiros, vieram se espalhar pelo novo mundo e que nessas terras de exílio, os filhos e filhas da África-Mãe tiveram que colar, juntando fragmentos das suas e de outras  Africas originárias, pincelando com tintas e vernizes desta nova terra, criando assim novos potes, novas Áfricas.




Assim como as quartinhas, nelas foram guardando suas identidades tribais, suas crenças, costumes, lembranças, ferramentas da reconstrução de suas humanidades.

Mostraremos na quadra junina de 2024 África-Mãe e sua gênese, a realidade e a realeza e outras tantas Áfricas realizadas, onde, de uma forma ou de outra, existiram reis e príncipes, rainhas e princesas, de reinados e reisados, de cortes e cortejos.

Por isso, a Simpatia Caipira que é, uma entre tantas outras pequenas Áfricas, vem tecer o fio da memória, evocando sua ancestralidade para unir dois mundos: – Á África real e a Corte Brasileira.






Da Redação
Ana Paula Tenório

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