Quem quer conhecer nosso turismo, tem de viver nossas experiências

Por Maurício Botelho

Quem quer conhecer nosso turismo, tem de viver nossas experiências. Conhecer nossa história e cultura.

E nesse ponto, graças a Deus e o apoio de empresas e amigos, consegui em 2 anos de muitas aventuras, conhecer toda esta região.

Ilhas, furos de mangue, interiores, culinária nativa, rios, praias... E, um dos meus sonhos, fiz a Rota do Sal.

Chamo de "Rota do Sal" o caminho que nosso povo ancestral percorria de Maracanã até Salinópolis para vir e levar o sal. Produto que deu origem ao nome da cidade de Salinas.

Fui, por terra, até o "Derrubado Grande", vila de Maracanã.

Tivemos quilombos de negros que se refugiavam nesta região. Povoados criados pelos indígenas que, também, fugiam do trabalho escravo.

E onde houve a fusão dessas duas culturas. E, para quem não sabe, foi assim que surgiu o Carimbó, por exemplo.

E deixa eu falar uma coisa, minha família tem raízes em Maracanã e Salinópolis. E sempre, desde de criança, nosso playground foi o mato, o mangue, rios, praias, vilas de interior, conhecendo a cultura local.

Então, não faço isso para aparecer, ganhar dinheiro, ficar rico... Faço porque tenho uma sede insaciável de conhecer nossa história e formação cultural.

 

Está no meu sangue de caboclo. Porque eu me assumo caboclo.

E o futuro do turismo, será integrar São João de Pirabas, Maracanã e Salinópolis. Esse é produto que venderemos para o mundo.

Espero que um dia, enxerguem o que eu consigo enxergar. Porque é uma visão maravilhosa em que nosso povo fará parte direta do turismo.

 

Recebendo visitantes em suas residências (Turismo de Base Comunitária), contando-lhes sua história (Turismo Cultural), vendendo produtos da agricultura familiar e do extrativismo sustentável (Turismo Rural), guiando passeios pelas estradas e furos (Turismo de Aventura)... E por aí vai.

"Eu tenho um sonho", repetiu, por diversas vezes Martin Luther King, ao profetizar uma terra de liberdade e oportunidade em que "nossos filhos não serão julgados pela cor de suas peles, mas pelo conteúdo de seu caráter.

Então, "I have a dream"...

Maurício Botelho