PARÁ – Chuva de meteoritos formou imensas crateras em Curuçá




Lagoas em cidade do Pará são resultados de chuva de meteoritos. — Foto: Reprodução/TV Liberal




Um estudo mostrou que há quase 100 anos o município de Curuçá, no nordeste paraense, foi atingido por uma queda de meteoritos. O fenômeno único deixou marcas na região: seis crateras parecidas com pequenas lagoas e clareiras, em meio à mata fechada.

De acordo com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), as crateras são consequências do impacto causado pela queda de meteoritos. O fenômeno teria ocorrido em 1927, quando o material teria caído do espaço, atravessou a atmosfera e caiu em solo paraense.

Foi a passagem de um grande cometa. Chocou-se com um cinturão de asteroides e jogou todas essas pedras para cá. Essa época, 1927 e 1930, foi aqui em Curuçá, o único lugar onde isso ocorreu”, diz Carlos Simões, doutor em engenharia elétrica pelo Sipam.

A maior cratera fica em uma região de mangue na zona rural do município. Com 220 metros de diâmetro, o local sempre chamou a atenção dos moradores, mas ninguém sabia a origem.

O Sipam, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), esteve à frente dos estudos para desvendar o mistério que durou mais de nove décadas. Os resultados foram publicados em 2023. Segundo Carlos Simões, quase 100 anos depois da colisão dos meteoritos no solo, as árvores não cresceram no entorno das crateras.

Espaço de visitas

A descoberta despertou a curiosidade de estudantes da Escola Júpiter Maia. A turma fez uma viagem fascinante na trilha ecológica dos meteoritos. “Isso me chamou atenção como profissional para o futuro, como estudante agora para ser o que eu quero para ser jornalista e conseguir mais estudos e conhecimento sobre os meteoros”, diz a estudante Clara Cabral.

As seis crateras ficam na zona rural e com características parecidas. A prefeitura quer promover ainda mais os estudos na área e incentivar o turismo no município. “Agora estamos numa fase de procurar pedaços dessas pedras, quanto mais a gente pesquisar, mas a gente vai conhecer”, afirma Carlos Simões. Com informações do G1PA


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