Petróleo na costa paraense: Impacto ambiental, Royalties e a discussão

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Há tempos se fala na produção de petróleo no litoral do Pará, Amapá, Maranhão e Piauí. A petrolífera estatal brasileira Petrobrás, já realizou os estudos, as sondagens realizadas há mais de duas décadas. Em Salinópolis, por exemplo, funcionou por longo tempo uma base de sondagens com aeronaves e um navio sonda, executando os levantamentos técnicos por toda a costa do Pará.

Porém, nunca o assunto ganhou tanta repercussão como agora e autoridades se envolveram, lideranças empreendedoras e a grande mídia. Parece que o assunto tornou-se forte e viável para os tempos atuais.

O litoral paraense ganha bastante economicamente caso a exploração de petróleo ocorra, já que as cidades receberão os royalties provenientes da produção e a rotina de muitas podem mudar, a partir do desenvolvimento e crescimento da economia. Com se sabe a maioria das cidades à beira mar, mantém o governo, as obras e serviços com recursos advindos do Fundo de Participação dos Municípios, já que pouco ou nada arrecadam de forma direta.

A Favor

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O Blog coletou posicionamentos nas redes sociais de pessoas públicas sobre o assunto. O deputado federal Joaquim Passarinho(PL-PA), tem colocado o assunto como pauta de seu mandato e feito defesa sobre o assunto na Câmara federal; o atual secretário de desenvolvimento de Capanema, e que foi candidato a deputado estadual, Marcelo Pierre, adotou em seu plano de ação de campanha, a exploração imediata do petróleo na costa paraense como tema central e tem mantido viva a discussão na região dos Caetés; o empreendedor do transporte e turismo, Artur Nogueira, do município de Maracanã, defende a exploração do petróleo na costa, mas com fino trato as questões ambientais e com a participação na discussão dos povos ribeirinhos e tradicionais da região. 

Alan Kardec do Maranhão e Marcelo Pierre do Pará, na discussão sobre desenvolvimento regional em Salinas. E na defesa da exploração do petróleo na margem equatorial

O professor e pesquisador da Universidade Federal do Maranhão, Allan Kardec Barros, que preside a Companhia Maranhense de Gás (Gasmar) tem se destacado na defesa da necessidade de geração de emprego e renda a partir da exploração do petróleo na Margem Equatorial. O secretário de desenvolvimento econômico, Mineração e Energia  do Pará, Paulo Bengtson, participou de conferência sobre petróleo no TEXAS, USA, onde também se discutiu o assunto da moda na indústria petrolífera.

O empreendedor da região salgada, Artur Nogueira, defende a produção do petróleo, mas com sustentabilidade e cuidados com a natureza



Impactos ambientais e o contraponto

Foto: Daniel Beltra


Como se sabe em lugar nenhum do mundo, a exploração do petróleo é vista com alegria por ambientalistas, já que é uma indústria de risco e que quando um acidente ocorre, o dano é imenso e permanente. O IBAMA, responsável pelas licenças no território brasileiro ligado ao Ministério do Meio Ambiente, dirigido pela ambientalista juramentada Marina Silva, jogou logo um balde de água fria na história, negando a licença para a exploração, principalmente, na foz do rio Amazonas.

O movimento Greenpeace com atuação mundial nas grandes questões ambientais, já fincou o pé e disse veemente que petróleo na Amazônia Não.



Por outro lado, Belém é cotadíssima para sediar a COP 30, recebendo em 2025, lideres mundiais para discussão ambiental do planeta e o evento grandioso, no meio da Amazônia, justamente na hora em que o Brasil decide explorar petróleo na sua região de maior diversidade, rios fantásticos e florestas, certamente não cairá de bom tom. Por isso também, é provável que se alongue mais o assunto para evitar constrangimentos ao governo.

Governador do Pará, Helder Barbalho buscar apoio para o projeto do Petróleo

O apoio dos governadores


Acontece na sexta-feira, um evento na cidade de Oiapoque, na costa do Amapá, em forma de audiência pública e manifestação política em favor do início da exploração de petróleo na Margem Equatorial, com as presenças confirmadas dos governadores do Pará, Amapá e Maranhão. O importante apoio de Helder à exploração de petróleo na Margem Equatorial despertou as entidades de classe e os demais políticos do Pará. Em várias entidades de Belém, acontecem reuniões e não se fala mais em outra coisa.

Ressalte-se também que na Amazônia moram 38 milhões de pessoas e que além do verde, precisam de opção de desenvolvimento, de emprego, de renda. Aliar meio ambiente e desenvolvimento, tem sido o grande desafio do ser humano, desde que o "mundo é mundo". Parece que agora teremos mais desafios gigantes nesta região maravilhosa e extensa: produzir petróleo com sustentabilidade. É possível?


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