Compostagem humana: novidade nos Estados Unidos, a prática ainda não chegou por aqui
Uma alternativa aos serviços funerários tradicionais (sepultamento e cremação sendo os mais comuns), a compostagem humana já foi aprovada em seis estados americanos. Também conhecida como redução orgânica natural, a prática consiste na transformação dos restos humanos em solo rico em nutrientes, por meio de uma aceleração natural. O estado de Washington foi o primeiro dos EUA a legalizar o serviço, em 2019, seguido por Colorado e Oregon, em 2021, e Vermont e Califórnia, no ano passado. Nesta semana, o Estado de Nova York entrou nesta lista.
A Recompose, uma das pioneiras na área e em atividade desde 2022, já realizou mais de 200 processos de compostagem de corpos humanos e fechou mais de 1.200 contratos com clientes que pretendem ser sepultados desta forma. Mais custosa do que os métodos convencionais, a compostagem humana chega a US$7 mil.
“Cientificamente, a prática se traduz assim: é um método que se aproveita dos processos químicos e biológicos naturais que acontecem no nosso corpo após a morte para gerar algo novo, algo que pode ser aproveitado”, explica Ivan Miziara, chefe do Departamento de Medicina Legal, Bioética, Medicina do Trabalho, Medicina Física e Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Compostagem humana: alternativa mais sustentável
“Cientificamente, a prática se traduz assim: é um método que se aproveita dos processos químicos e biológicos naturais que acontecem no nosso corpo após a morte para gerar algo novo, algo que pode ser aproveitado”, explica Ivan Miziara, chefe do Departamento de Medicina Legal, Bioética, Medicina do Trabalho, Medicina Física e Reabilitação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Compostagem humana: alternativa mais sustentável
A compostagem também promete ser um avanço ambiental em relação às outras formas de destinação do corpo, uma vez que a cremação contribui para a emissão de gases de efeito estufa.
No Brasil, não temos ainda leis que aprovem esse tipo de prática. Além disso, fatores culturais e religiosos pesam contra este modelo no nosso país. Para que este método seja menos impressionante ou polêmico, é necessário que indivíduos e famílias tenham uma relação mais natural com a morte e com a burocracia que fica para quem precisa dar um destino ao corpo de um ente querido.
No Brasil, não temos ainda leis que aprovem esse tipo de prática. Além disso, fatores culturais e religiosos pesam contra este modelo no nosso país. Para que este método seja menos impressionante ou polêmico, é necessário que indivíduos e famílias tenham uma relação mais natural com a morte e com a burocracia que fica para quem precisa dar um destino ao corpo de um ente querido.
A maioria dos brasileiros ainda prefere ser sepultada da forma tradicional, e as cremações representam apenas 9% da destinação dos corpos por aqui. Certamente a ciência ainda tem muito a avançar neste tema, vale acompanhar os desdobramentos e pensar nestes momentos como partes fundamentais da nossa experiência humana.
Foto: Mat Hayward/ Newsweek (Getty)
(Fontes: Estadão e Recompose)
(Fontes: Estadão e Recompose)
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