Escola Kennedy - Um maracanaense americanizado

 


 Por Emanuel Pereira




GINÁSIO COMERCIAL E NORMAL "PRESIDENTE KENNEDY"


Sede do Ypiranga - noite de 23 de novembro de 1964. Aula inaugural do Curso de Admissão ao Ginásio; exigência do ensino da época - doravante, implantada na pacata Maracanã pelo Promotor de Justiça e Professor Carlos Vinagre - um acontecimento sem precedentes na história educacional da cidade - o surgimento de uma escola de ensino secundário.


Estava dada a largada para uma viagem empreendedora ao mundo do conhecimento.
Regimentando a prata da casa, formou-se a força-tarefa e timoneira do curso embrião do ginásio de Maracanã.
Professoras: Ana Machado de Oliveira, e Ceres Maria Maltez Pinheiro.
Base de Apoio: Messias da Silva Rocha (Agente do IBGE), Bito Pimentel (Coletor de Rendas Estadual), Antônio Simões Pereira (Oficial de Justiça), Benedita Barros dos Reis e Marlene de Campos Raiol.


Um universo de novidades se desenhava nas salas de aulas. Psicologia, Didática, Técnicas Comerciais, História Geral, Francês, Desenho, Educação Moral e Cívica, e por aí adiante.
Sob a luz de lampiões, estava em atividades a "universidade" ginasiana da boa terra.
Cinquenta e oito anos depois, ATESTA-SE que as sementes da educação lançadas em solo fértil pelo professor Carlos Vinagre, germinaram e continuam rendendo bons frutos.


Um placa da gratidão avulta no coração de abnegados mestres, que com gestos de boa vontade contribuíram na formação de verdadeiros cidadãos. E foram tantos e tantos... e outros tantos virão.
Obrigado, por tāo santa missão.


E nessa caminhada de quase 60 anos, nós respondemos presente. Fomos pioneiro como aluno, e mais tarde, como professor da mencionada escola - lá ganhei asas para alçar horizontes promissores.
Vigilante às recomendações médicas, há tempos não vou à boa terra, porém, antenado aos burburinhos, a "Rádio Cipó anuncia a reinauguração da Escola Kennedy, "sine die" para acontecer - novela que se arrasta há quase seis anos, empreitada que contou com recursos do BID, e a parceria com o Governo do Estado. Qualquer outra intromissão de objeção a conclusão da obra, nada mais é que aceno com a mão alheia.
Afazeres concluídos, reabrem-se as cortinas da nossa oficina do conhecimento.
VAMOS À ESCOLA!
A CASA É NOSSA!


Concluindo, agradecemos e parabenizamos o corpo docente e discente da ESCOLA PRESIDENTE KENNEDY, que investidos de prerrogativas, não mediram represálias e foram às ruas questionar direitos, ante o retardamento na conclusão das obras da referida escola.
Com os cumprimentos de um aluno/mestre que viveu tamanha felicidade.
Na paz de Cristo!



EM TEMPO:


Volvemos a um assunto aqui comentado, quanto a denominação de logradouros públicos homenageando a memória daqueles que distenderam labores a causa pública.
Nesse parágrafo, está a denominação da Escola Kennedy, que ostenta o nome de um ex-presidente dos Estados Unidos, divergindo do referencial adotado nos estabelecimentos educacionais, quando se homenageia a memória de nossas personalidades ilustres.
Entre a questão e a opinião, pergunta-se:


POR QUE não "rebatizar a nova escola" com o nome do seu fundador?


CARLOS VINAGRE - professor emérito, catedrático em História Geral, membro do Ministério Público, deputado estadual, deputado federal constituínte, proprietário de colégios na capital Belém, portador de um valioso currículo, gente que sabia fazer - mestria cidadã que adotou a boa terra como sua também, e aqui deixou amostras de sua lavra social, educacional e política.


Outro nome sugestionado, seria a do professor ELIZEL NASCIMENTO DA PAIXÃO, de saudosa memória, gente de casa, portador de apreciável talento.


Autor, historiador, membro da Academia Paraense de Escritores, secretário municipal de Administração e Cultura, bancário, professor e contista.


ELI NASCIMENTO - quando repórter da Rádio Clube do Pará, teve a honra de entrevistar o Papa João Paulo II, quando de sua visita ao Pará.


Gente das letras, publicou obras literárias como: "Verdes Andanças", livro de contos e poemas; "Maracanã Meu Encanto", versando sobre a preservação da memória cultural do município; além de artigos publicados em jornais e revistas.
Um manancial recomendável a devida apreciação, se assim convier.

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1 Comentários

  1. Ser for pra trocar de nome.. tem que ser Antônio lobo,,o qual era dono do terreno que o governador comprou e nunca pagou

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