Corpos de jornalista e indigenista são encontrados no AM


De acordo com jornalista André Trigueiro, da TV Globo, mulher de Dom Phillips confirmou que os corpos do marido e do indigenista Bruno Pereira foram achados na manhã desta segunda-feira (13).

Autor: Adams Mercês/DOL

 

Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram no dia 5 de junho | Reprodução


O caso do desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, que chamou a atenção do mundo, terminou de forma trágica: a mulher de Phillips, Alessandra Sampaio, confirmou ao jornalista André Trigueiro, da TV Globo, que os corpos da dupla foram encontrados na manhã desta segunda-feira (13), na região do Vale do Javari, no Amazonas.

A informação não foi confirmada pela Polícia Federal, que está à frente das buscas. Durante o final de semana, policiais encontraram sangue e um estômago nos locais em que estão sendo feitas as diligências, em Atalaia do Norte, no oeste do Amazonas. No domingo (12), uma mochila com pertences de Dom e Bruno foi achada amarrada em uma região de igapó.

Segundo Alessandra, em conversa com o jornalista da TV Globo, a PF teria confirmado a localização de dois corpos, mas disse que eles ainda precisavam ser periciados. A Embaixada Britânica, inclusive, já teria comunicado aos irmãos de Dom Phillips que eram os corpos do jornalista e do indigenista.

O jornal britânico The Guardian, onde Dom trabalhava, noticiou que o embaixador brasileiro no Reino Unido comunicou à família do jornalista, por telefone, que dois corpos foram encontrados amarrados em uma árvore no meio de uma área de mata fechada nesta manhã.

"Ele disse que queria que soubéssemos que eles encontraram dois corpos", disse Paul Sherwood, cunhado de Phillips.

Ele não descreveu o local e apenas disse que era na floresta tropical e disse que eles estavam amarrados a uma árvore e ainda não haviam sido identificados. Quando estivesse claro, ou quando fosse possível, eles fariam uma identificação”, acrescentou, em declaração ao jornal inglês.

BUSCAS


Os dois estavam desaparecidos desde a manhã do dia 5 de junho. Uma força-tarefa foi montada para procurar pelo jornalista e pelo indigenista, que sumiram após fazer um trajeto de barco que levaria cerca de duas horas, entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.

Pessoas suspeitas de envolvimento no sumiço do jornalista e do indigenista foram presas, como Amarildo Costa de Oliveira, conhecido como "Pelado". Ele tinha histórico de ameaças a indígenas da região do Vale do Javari e chegou a ser investigado e denunciado pela dupla desaparecida.

Sangue foi encontrado em uma embarcação de sua propriedade, assim como os objetos pessoais de Dom e Bruno foram localizados próximos da casa de Amarildo.

Equipes da Marinha, Exército e Força Nacional foram enviadas à Atalaia do Norte para auxiliarem nas buscas. O Governo do Amazonas também enviou policiais civis e militares, além de mergulhadores do Corpo de Bombeiros.

As buscas contam, ainda, com o apoio de voluntários e indígenas da região. A força-tarefa contou com o apoio de embarcações e aeronaves nas buscas.

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