EMANUEL PEREIRA - DE VOLTA A SÃO MIGUEL DE CINTRA!

 



Maracanã se enfeita para celebrar seu aniversário de fundação a acontecer no próximo dia 28.

No contexto histórico, a data faz referência apenas a mudança do nome de Cintra, para o primitivo Maracanã, ocorrido em 28 de maio de 1897.

Apesar de estar entre os dez municípios mais antigos do Pará, resultante da Missão Jesuítica direcionada pelo padre Vieira em 1653, nada existe nos tomos da época quanto ao dia e mês do desembarque da bandeira religiosa na ilha do Marco.
O historiador Emanuel Pereira

 

Entretanto, reportam os documentos, que em meados de outubro de 1653, essa expediçāo chegava a costa-mar paraense.
Por volta dos anos 70, o Governo Federal solicitava das prefeituras, o respectivo histórico do município, constante de hino, brasão e bandeira.

Ao elaborar a bibliografia de Maracanã, adotou-se a data de 28 de maio como o dia maior do município, em virtude da ausência de dados específicos do início da colonização na aldeia Maracanã.
Por divergir que um expressivo acervo de quase quatro séculos continue esquecido nas gavetas empoeiradas do tempo, ou retratado em apenas dois ou três compêndios, me atrevi a desenvolver uma nova base de conhecimentos sobre a nossa identidade cultural.

Então, conciliando os efeitos de uma fibrose pulmonar, enveredei por arquivos e bibliotecas, esmiuçando documentos com viés da boa terra.
Entusiasmado com o conteúdo obtido, embalei sonhos em presentear a nossa gente na festa de aniversário da cidade, com um "retrato em palavras" de sua própria história, nominada de ESTIRÕES DO TEMPO.

"Um povo sem conhecimento de seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes." (Bob Marley).

 

No vasto conteúdo adquirido, assuntos relevantes acontecidos na terrinha, como:
 
O histórico religioso desde os primórdios da colonização portuguesa; o desenvolvimento pastoral da Assembleia de Deus, nos cem anos da instituição; a fase áurea da navegação no rio Caripí; a influência da imigração na prosperidade municipal e a implantação da Colônia do Prata do Maracanã, biografias, etc.

No que concerne o legislativo, registros dos ídos do Senado da Câmara passados na vila de São Miguel de Cintra; vereadores, mandatos e mesas diretoras a datar de 1950; considerado documental fotográfico, como a posse de prefeitos desde a gestão Henrique Oliveira até o atual Reginaldo Carrera, além de decretos, leis, reportagens jornalísticas como a depredação do prédio da Câmara.
 

 

Nessa maré, desprovido de recursos para custear a impressão, e por se tratar de uma ferramenta de conhecimentos, cujo propósito é chegar à clientela escolar, ensejei apadrinhamento à gestão municipal, que demonstrou receptividade ao assunto, porém, a conversa do entendimento adiada por suas razões, não chegou a acontecer.
Arrisquei ainda uma prosa com o presidente da Câmara de Vereadores para expor e disponibilizar o documentário, e eventualmente angariar uma "entera" para saldar outras despesas decorrentes com a arte gráfica.
Sem espaço na agenda da excelência, o intento da conversa adormeceu no banco de espera e não aconteceu.

E agora, meu mano?

Sem vintém... não tem livro, não tem presente literário. Quem sabe num outro amanhā!
Disfarçando não entender os "porquês", agasalhei os apetrechos de escrita e aquietei minhas andanças - meus passos lentos já não me levam tão longe. Minha lamparina já não alumia tanto!
Com Deus, com a famíia e com os amigos!

Eu, Emanuel Pereira

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