Por Emanuel Pereira
Tudo está consumado!
O praieiro voltou para os braços do Pai.
Antônio de Sousa e Silva - ou simplesmente Antônio do Basílio; referência ao seu pai, Basílio de Carvalho, antigo comerciante no Mocoóca.
Natural do Suá-Suá, onde nasceu a 18 de novembro de 1922, um praieiro que não renegou suas orígens, portador de hábitos saudáveis de quem cresceu à beira-mar, despescando currais e desafiando a maré e o vento.
Criado sob as regras tradicionais, Antônio Sousa, ainda jovem passou a cuidar dos empreendimentos da família - comércio e uma aparelhagen sonora denominada "Sinter", que levava entretenimento saudável aos mais distantes lugarejos.
Portador de tamanha distinção, granjeou amizades e se fez conhecido na redondeza e um nome de referência na região do Salgado.
Antônio do Basílio, filho da dona Primitiva e do seu Basílio.
Tempos adiante, dava um até logo para o Mocoóca - estava estabelecido na sede do município - havia constituído família. Casado com a professora Odete Monteiro Silva, formou uma valiosa prole:
Antônio Junior, Anete de Cássia e Aliete Cristina.
Novos ares, novos horizontes.
Presidente do Botafogo, realizou um gestão de destaque no clube, revitalizando a sede social, construindo o muro que circundava o antigo campo de futebol e participando da inédita conquista de penta campeão da cidade, além da fundação do Jardim de Infância Altamira Santos.
Na vida pública exerceu o cargo de vereador, mandato 1977 a 1982, chegando à presidencia do Legislativo, biênio 1979 / 1980.
Em 1982, integrou a chapa majoritária do PDS, como candidato a vice- prefeito.
Perseverante, avançou empreendimentos e estabeleceu-se na praça do Mercado Municipal, na antiga Casa São Pedro, que em tempos passados ostentou o título de empório na região.
Extrovertivo, gostava da boa prosa e não recusava convite para um guizadinho de arraia, acompanhado de um bom aperitivo de jeninapo.
Era xará do meu pai, a que dispensava consideração.
Trocamos boas conversas e boas gargalhadas. Provei do apreço desse caboclo que sempre me chamou de professor. Quanta honra!
Mas... chega o dia de fazermos a viagem de volta.
Tem gente o esperando por lá.
Fica a saudade e o legado brioso de um praieiro honrado.
Paz a sua alma!
2 Comentários
Muito bom o seu blog Ícaro. Parabéns!
ResponderExcluirMaracanã está perdendo grandes homens ilustres que deixaram grandes legados em sinceridades respeito e Amor ao nosso povo!!!!
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