Mãe de Yasmin e advogado dizem que caso não foi fatalidade

O delegado que preside o inquérito, Claudio Galeno, confirmou a prorrogação do prazo para concluir o inquérito. A morte da jovem universitária completou um mês, ontem. Novos depoimentos serão solicitados

Autor: DOL com informações de Sancha Luna/RBATV



Polícia Civil confirma prorrogação de mais 30 dias para a conclusão do inquérito | Reprodução


Conforme o DOL já havia antecipado, na quarta-feira (12), a Polícia Civil terá mais 30 dias para concluir o inquérito sobre o caso Yasmin Macedo, a jovem que morreu num passeio de lancha pelo Furo do Maguari, em 12 de dezembro. A confirmação da prorrogação do prazo das investigações foi dada pelo delegado Claudio Galeno, que está à frente das diligências. Em entrevista a repórter Sancha Luna, da RBATV, ele destacou que o procedimento continua sob sigilo.

Hoje, o médico legista, Euler Cunha prestou depoimento pela terceira vez e tanto o advogado dele, Marco Antônio Pina, quanto a mãe de Yasmin afirmam que a morte da jovem "não foi uma fatalidade". Em entrevista ao Brasil Urgente Local, exibido pela RBATV, ontem (12), Pina anunciou ainda que as diligências sobre o caso Yasmin colocam três pessoas suspeitas por crimes, mas não apontou quais crimes seriam, dado o caráter sigiloso do inquérito.

O que se apurou é que estes suspeitos são Euler, o empresário Lucas Magalhães e um rapaz de prenome "Bruno".

Tendo se passado 30 dias de investigações de 50 depoimentos já foram colhidos pela Polícia Civil, conforme apurou Sancha. Este número não quer dizer que foram 50 pessoas prestando informações sobre o que aconteceu. É importante lembrar que tiveram testemunhas que prestaram depoimentos duas vezes.

A polícia ouviu pessoas que estavam na lancha na noite em que Yasmin desapareceu, no Furo do Maguari. Os mergulhadores do Corpo de Bombeiros que atuaram na operação de busca e resgate pelo corpo da universitária também prestaram depoimentos e alguns funcionários da marina de onde a lancha partiu.

Lucas Magalhães pilotava a lancha. a Polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa dele. | Reprodução


O empresário Lucas Magalhães, 27, que pilotava a lancha, mesmo sem habilitação para isso, foi um dos primeiros a dar depoimento. A Polícia Civil esteve na casa dele, semana passada, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Os policiais já sabem que ele efetuou disparos de arma de fogo e foi até a residência dele para apreender a pistola.


Terceiro depoimento


Nesta quinta, o médico legista Euler Cunha voltou à Divisão de Homicídios para prestar um novo depoimento. Desta vez, foi ele próprio quem pediu para prestar novas informações sobre o caso Yasmin. A repórter da RBATV, Sancha Luna, reforçou que Euler atualmente está na condição de suspeito e destacou que ele é um dos que mais tem colaborado com as investigações.

O legista chegou a sede da DH, em Belém, por volta das 9h30 e estava acompanhado do advogado Marco Antônio Pina. O médico já entregou a arma dele, uma pistola 9mm, para a perícia. Pina defende que seja feita uma acareação com todas as pessoas que estavam na embarcação. Ele negou ter intimidade com Yasmin.


Euler Cunha prestou depoimento pela terceira vez, sobre o caso Yasmin Macedo. | Reprodução


Após o depoimento, Marco Antônio Pina, concedeu entrevista e reforçou a tese de que "a morte de Yasmin não foi uma fatalidade", defendida, ontem (12), no programa Brasil Urgente da RBATV. 'Nós percebemos que algumas testemunhas estavam querendo imputar somente à ele (ao Euler) alguns fatos, como a questão dos tiros e outros pontos (que permanecem sob sigilo)", disse o advogado, ao explicar porque o legista solicitou o terceiro depoimento.

Segundo o advogado, as novas informações prestadas poderão mudar novamente os rumos das investigações e que pessoas mentiram em depoimentos. "Quem disse que não ouviu nenhum tiro mentiu. Quem disse não ouviu o outro [no caso, Lucas Magalhães] atirar também mentiu, pois estava do lado dele na hora", prosseguiu Pina.

A repórter Sancha Luna, da RBATV, voltou a insistir na pergunta se o advogado acredita que houve crime na morte de Yasmin Macedo. "Eu não acredito em fatalidade, por tudo o que está se tornando esse inquérito, mas quem vai falar no final é delegado", frisou Marco Antônio.


Laudo

A RBATV teve acesso exclusivo às informações sobre o laudo cadavérico feito em Yasmin Macedo confirmou que a causa da morte foi afogamento. No corpo não foi localizado nenhum tipo de ferimento por arma de fogo. Os exames também confirmaram que a universitária teria consumido bebida alcoólica.


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