70 anos do Poeta e Professor Emanuel Pereira


 
O poeta Emanuel por ele mesmo!

 
 
Na terra das criaturas ou no mundo dos vagalumes, sou um amigo do poeta Emanuel Pereira, um caboclo nascido nas margens do rio Maracanã e que me abraçou com sua experiência, bondade e cultura, desde quando cheguei em São Miguel de Cintra.
Com Ele troquei muitas prosas, vivenciei Maracanã em toda a sua essência, passeando por sua história e memória tão bem guardas pelo poeta. Um historiador que conta os causos com facilidade e nos enche de orgulho de nossa terra.
Bem, mas quem sou eu para falar do menino Emanuel. Então, o poeta na visão do próprio:


EU SOU DE LÁ!

 
 
Sentado na esquina do tempo, estou folheando o livro "RETRATOS EM PALAVRAS". Amanhã, devo chegar a página 70. Louvado Seja Deus!

Tudo começa em 07 de janeiro de 1952, na pacata Maracanã, com a nascença do Emanuel, nome profético que expressa "Deus Conosco", primogênito do casal seu Antônio e dona Ana.

Tempos depois, a prole se constituía com a chegada das quatro Marias, dando identidade à família Santos Pereira.
Menino vendeiro: cruzou as ladeiras pedregosas da cidade vendendo pães, bolos e frutas.
Menino travesso: jogou bola na rua, caiu da mangueira e se divertiu nos banzeiros da maré.
Menino do povo: esteve secretário municipal, vereador e professor.

 

Esplêndido! Deu aulas para uma geração de ouro que alçou voos para horizontes promissores.
Quem sou eu? EMANUEL PEREIRA, seu amigo! Peregrino do amor divino, devoto do Arcanjo Miguel, caboclo da beira do rio corrente, apegado a memória da cidade, se autodefine como um guardião desse patrimônio cultural, casado há 46 anos com a Sandra Maria, pai do Kleber e da Aline, avô da Ana Luíza e da Maria Rita.

 

Das peripécias da juventude, um outro presente precioso - Gersinho e Elianete - meus filhos!
Anos adiante, o pesar desalentava meus dias. Minhas filhas haviam voltado para a Pátria Celeste.
Há coisas que o tempo não desfaz - ficou a cicatriz da saudade.

De andanças e andanças, trilhei veredas da Literatura, Música, Educação e Desporto.
Marquei presença nos palanques da cidadania e ganhei a benquerança da minha gente. Não me envaideci; sou prata da casa.
Saudosista confesso, cultivo doces lembranças acontecidas na boa terra.
Há tempos não apareço por lá. Deixei amigos e amores.
Cauteloso com a pandemia, sou também portador de Fibrose Pulmonar, doença degenerativa que se agrava no correr do tempo, consumindo minha saúde já fragilizada, além dos efeitos adversos causados pelo tratamento intensivo a base de corticóides.
Meu fardo é pesado, mas a minha resignação é bem maior.
Nesse entremeio, retomo o sorriso e sussurro com o meu Anjo da Guarda.
"Estou de pavulagem. Hoje o berço é nosso!"
2022 - Setenta anos!

 

Um mosáico de vida com um pouco de tudo. Aleluia!
Sete de janeiro. Dia de reencontrar minhas manas, de acordar lembranças e de rever parentes - sempre bem vindos.
Dia de celebrar o dom da vida com um "avuado" a moda da casa, uma taça de vinho e "Mississippi" na vitrola.

Ficamos nós por aqui, expressando nossa gratidão a dona Sandra, minha companheira de viagem, extensivos à família e amigos - um tanto sumidos.
Que o Bom Jesus de Nazaré nos abasteça de Fé e nos conceda uma mão-cheia de saúde e alento, para seguirmos folheando nossos "RETRATOS EM PALAVRAS."

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