O dia mal começava em Maracanã, aliás, o dia internacional de não violência contra a mulher, quando os grupos de aplicativos foram inundados por um vídeo não assinado e contendo muitas fotos da ex-servidora da Câmara de Maracanã, Eva Nayana Dias e ao fundo uma voz de locutor narrando uma versão sobre as postagens de ontem de supostas acusações de abusos por parte do presidente do Poder Legislativo de Maracanã, vereador Cacaia Rabelo(PL). O vídeo busca desqualificar a denunciante, trazendo fotos de redes sociais e narrando um contexto em que a ex-servidora é quem estaria chantageando o presidente em razão de ter sacado recursos da Câmara, inclusive, parte da reserva do 13º décimo, por meio de notas fiscais e ainda - segundo o vídeo - a denunciante teria realizado vários empréstimos na cidade utilizando o nome da Câmara Municipal e do presidente.
Confira o vídeo anônimo e a resposta de Eva.
A resposta imediata colocando a cara a tapa
Internautas cobram a manifestação de vereadores ligados ao presidente Cacaia sobre as acusações |
Antes do meio dia, a cidade era tomada novamente pelas surpresa, a pequena Eva, sentada no sofá de sua casa e demonstrando tranquilidade gravou um vídeo em reposta ao presidente e acrescentou detalhes novos, que precisam de investigação imediata. Segundo a ex-servidora: "os empréstimos realmente foram realizados, mas a mando do presidente, para honrar acordo de rachadinhas com alguns vereadores".
Eva acrescentou também que - autorizada pelo presidente e com sua assinatura - utilizou-se de notas frias para saques da conta bancária da Câmara para que os valores fossem repassados ao presidente da Casa, que além de cumprir com acordos com alguns vereadores, também aplicava os valores em suas despesas pessoais. No vídeo, a ex-servidora coloca à disposição o seu sigilo bancário e de seus familiares.
Os novos fatos sobre o escândalo na Câmara de Maracanã
Ontem à tarde, logo após a postagem da então servidora Eva Nayana sobre o boletim de ocorrência em que acusa o presidente do legislativo de supostos abusos de assédio sexual e tentativa de estupro, a Câmara Municipal lançou nos grupos de aplicativos uma nota em que classificava o episódio "sem envolvimento com o Poder Legislativo e que se trata de vida privada, ligados as relações interpessoais". Bem redigida a nota, de pouco serventia, pois, no decorrer do dia de hoje de forma solar demonstrou-se que o assunto é dentro da casa legislativa e que a briga entre o presidente a ex-servidora tem supostos desvios de recursos e condutas não condizentes.
Logo após o vídeo que circula com a desqualificação da denunciante, o vereador presidente do Poder Legislativo também lançou uma nota oficial nas redes sociais.
Na nota, o presidente da Câmara, Cacaia Rabelo (PL) disse que "as acusações são totalmente mentirosas e infundadas".
No início da tarde hoje, uma portaria assinada pelo presidente da Câmara, exonerou a servidora Eva Nayana que exercia a função de secretária legislativa.
O que seria a suposta "Rachadinha" na Câmara?
O Blog fez contato com Eva Nayana Dias e a ouviu sobre as novas denúncias. Eva demonstrou estar bem tranquila e disse que na Justiça fará a apresentação de provas sobre suas denúncias de notas frias e os saques para uso de recursos como forma de rateio entre alguns vereadores, que poderão ser identificados.
Conforme declara, a "rachadinha" seria uma forma de suposto acordo de repasses de valores extras a contabilidade para alguns vereadores alinhados com o presidente e que surgiu durante a eleição interna da Câmara para a mesa diretora. E quem serão os vereadores acusados de suposta participação no acordo sugerido pela denunciante?
Perguntas no ar e que só terão respostas com investigação.
O que irá acontecer?
Somente um vereador - até o fechamento da postagem - tratou sobre o assunto publicamente em suas redes sociais: Andrey Siqueira (PL), fez uma publicação e disse que não tem envolvimento com as acusações. Declarou ao Blog que o assunto deve ser investigado para apurar quem fala a verdade.
Na Câmara, a expectativa amanhã durante a sessão legislativa, há fortes indícios de que pedido de investigação por meio de CPI possa ser apresentado e há também um movimento de alguns membros da sociedade para levar o tema à investigação do Ministério Público que pode apurar o que realmente acontece no Poder Legislativo.
Da Redação
Gerson Icaro Gomes
4 Comentários
Vai dar em nada,
ResponderExcluirVereadores de Maracanã são um bando de vendidos
Rachadinha não
ResponderExcluirRachadona
Mega racha
Rachadona
Pata de camelo
E o presidente do PL ,que até agora não apareceu pra dizer o que vai fazer com o vereador de sua legenda, ou vai aceitar calado,não é o prefeito o presidente do partido.
ResponderExcluirTá na ora de desmascarar esses canalhas, uns bandos de Zé guelas, q não sabem, viver d outro jeito, e se profissionalizar em desvios de recursos do município...
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