A situação dos prestadores de serviços de transporte escolar - assim como outras categorias - é muito difícil no momento em que completa um ano sem aulas presenciais na rede pública de ensino dos municípios.
Especificamente em Maracanã, onde fica instalada a empresa CNIT - referência em transporte escolar na região salgada e responsável por outros municípios - vencedora de licitação em dois contratos com a Prefeitura de Maracanã, vem sendo sacrificada, assim como seus colaboradores - motoristas, monitores e também as despesas fixas de custeio. A situação é agravada devido a forma de agregamento, o que deixa terceirizados sem os pagamentos e inviabiliza as parcelas de financiamento de veículos.
Numa consulta realizada pela Câmara de Marabá, o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará seguiu as orientações do TCU e outros tribunais de contas de outros estados em que há autorização para o pagamento de 30% (trinta por cento) dos contratos, visando assegurar as cláusulas econômicas do contrato a fim de realizar eventual manutenção da contraprestação das despesas fixas contratuais.
O Tribunal emitiu parecer contemplando o seguinte: "serviço de transporte escolar engloba contraprestações fixas e variáveis que resultam no valor a ser remunerado pelos quilômetros rodados e dessa maneira, e em pesquisa realizada pela DIJUR/TCM-PA, verificou-se que os Tribunais de Contas, como o Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE/GO) e o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC), vêm orientando os municípios a viabilizarem a análise das cláusulas econômicas do contrato pela eventual manutenção do pagamento das nominadas “despesas contratuais fixas” (v.g. remuneração dos motoristas e parcelas de financiamento de bens adquiridos para execução contratual), efetivando o reequilíbrio financeiro futuramente". Prefeituras dos municípios de Marabá e Castanhal, entre outros, já estão realizando o pagamento, já que os repasses federais estão em dia, conforme nominado no extrato desta postagem.
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