Por Emanuel Pereira
Começou a temporada dos palanques, comícios e passeatas. Com eles, vêm um elemento incomodante para muitos - o FOGUETE!
Mas... como imaginar uma concentração política sem foguete? O pomo da discórdia está no horário e no excesso dos rojões, importunando o sossego público e a quietude de crianças e idosos.
Então... vamos à festa da democracia!
Que a cidade se torne mais festiva e que o foguetório tenha limites - até porque, tudo o que é demais aborrece.
O assunto nos remete a um pequeno comentário sobre a "natureza" do foguete na boa terra.
Todos os dias, seja lá em que horário for, há sempre alguém estourando um foguete.
Festejo do santo, rodada de carimbó, vitória no vestibular, conquista do time campeão, aniversário da cidade, réveillon, sete de setembro, regata, carreata, inauguração de obras - enfim, se não tiver foguete a festa fica vazia e sem alegria. Dizem que tem foguete até quando a "thonga" chega.
Ingrediente obrigatório nos eventos da cidade, o foguete motivou uma aposta inusitada e testemunhada. Dico, conhecido também como "Tia Camila" e o Osvaldo, morador na Aliança.
Ficou acordado que: no enterro de um deles, o sobrevivente da aposta deveria soltar meia dúzia de foguetes por ocasião do enterro do outro.
E assim a "Tia Camila" fez. Soltou foguetes no enterro do Osvaldo.
Entre o choro e o riso dos presentes, a aposta foi cumprida.
A afirmativa faz sentido - em Maracanã tem foguete até pra defunto.
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