Saiba o que é permitido e proibido no veraneio do Pará com as medidas de combate ao coronavírus



O G1 Pará organizou tudo sobre o Verão 2020, afetado drasticamente pela pandemia da covid 19, 
mas ainda há atualização em breve. Hoje, o secretário de saúde de Maracanã, coordenador do gabinete de crise da pandemia, deve receber uma comissão de empreendedores da ilha de Algodoal e quem sabe as praias podem ser reabertas gradualmente e com normas a seguir.

Confira como funcionam as bandeiras no plano de retomada e como estão as regiões do estado, com praias e balneários procurados por veranistas.


Por G1 PA — Belém



O verão no Pará nesta pandemia de coronavírus é marcado por restrições, bares fechados, restaurantes funcionando com horário definido, capacidade reduzida e mantendo distanciamento entre clientes. Diversas praias e balneários estão proibidos no estado, como medida de prevenção, já que podem gerar aglomerações arriscadas devido à contaminação da Covid-19. Na manhã desta quinta, o Pará registra 120.731 infectados e 5.196 óbitos.


Mas mesmo assim, muitos banhistas têm buscado locais para tomar banho de praia, já que o governo do Pará, por meio do projeto de retomada, tem adotado bandeiras, determinando o que cada município pode reabrir ou não. As bandeiras de cada região determinam a liberação de cada setor, que fica a cargo das prefeituras, e preveem 36 protocolos de segurança sanitária.


Segundo os critérios determinados, cada região do estado foi enquadrada entre:



Risco Alto (bandeira vermelha) - municípios com taxa de transmissão alta e baixa capacidade do sistema de saúde
Risco Médio (bandeira laranja) - municípios com taxa de transmissão média e média capacidade do sistema de saúde
Risco Intermediário (bandeira amarela) - Municípios paraenses com taxa de transmissão intermediária e média capacidade
Risco Baixo (bandeira verde) - Municípios com taxa de transmissão baixa e alta capacidade do sistema de saúde
Risco mínimo (bandeira azul) - Município com taxa de transmissão mínima e alta capacidade do sistema de saúde




Saiba como está cada região do estado no plano de retomada:




Região Metropolitana



Ação de fiscalização em Mosqueiro, distrito de Belém. — Foto: Agência Belém



A região metropolitana de Belém teve mudanças recentes quanto às flexibilizações. Somente bares estão proibidos, o uso de máscaras é obrigatório e o distanciamento é recomendado. O uso das praias também ainda não está permitido. No primeiro fim de semana de julho, mais de 15 mil pessoas foram retiradas de praias de Belém.


A região está com a bandeira vermelha, devido à baixa capacidade de resposta do sistema de saúde e alto nível de transmissão. De acordo com o governo, 35,62% dos leitos clínicos e 53,8% das UTIs estão ocupadas.


Em Belém, a prefeitura já havia liberado, com restrições, o funcionamento de restaurantes e similares na capital, com exceção de praias e balneários. Mas após decisão judicial, as barracas de praias e ilhas poderão reabrir, respeitando protocolos de saúde como manter a capacidade reduzida a 40%, fornecer álcool em gel aos clientes, funcionamento entre 11h às 15h e das 19h às 23h, entre outras.


O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHRBS) ainda não determinou como será a reabertura nos distritos e ilhas, pois até a noite de quarta (8) aguardava publicação atualizada do decreto municipal.


Mesmo em época de pandemia, destinos como Outeiro, Mosqueiro, Combu, Cotijuba e outras ilhas continuam sendo uns dos mais procurados no verão. Até o dia 4 de julho, esses locais somavam 1.569 casos de Covid-19, segundo a Secretaria de Saúde de Belém (Sesma), sendo 312 somente em Mosqueiro. Ações de testagem estão previstas para a população dos distritos e ilhas, ainda segundo a prefeitura.


A retomada das atividades econômicas foi considerada pela gestão municipal como a ação para reduzir os impactos econômicos gerados pela pandemia.


Em Mosqueiro, as aglomerações e uso da praia estão proibidos. Uma festa foi interrompida pela Polícia no primeiro final de semana de julho, e 36 pessoas foram levadas para a delegacia.



No caso de Cotijuba, o acesso por barco chegou a ser suspenso no final de junho e teve fiscalização reforçada pela Guarda Municipal. No primeiro fim de semana de julho, mais de mil pessoas foram retiradas das praias.


Já a ilha do Combu, conhecida pela gastronomia e passeios turísticos, os restaurantes agora podem reabrir e já estão autorizados a receber banhistas. A travessia é feita por pequenas embarcações que saem da praça Princesa Izabel, no bairro de Condor. Uma outra opção procurada no período são os passeios de barco, que podem reunir até 25 pessoas. Mais informações pelo número: (91) 98031-1222.

Barcos percorrem os furos da ilha do Combu durante Circuito Gastronômico. — Foto: Fernando Sette/ Agência Belém




Nordeste




O Governo do Pará anunciou no dia 2 de julho que a região do nordeste do estado avançou para a Zona 3 de Controle, bandeira amarela, de combate ao novo coronavírus. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a região apresenta a capacidade hospitalar em risco e evolução da Covid-19 controladas.


Assim, as cidades da região têm maior liberdade das atividades econômicas com mecanismos de controles e limitações. Restaurantes podem abrir mas respeitando a capacidade máxima determinado pelo decreto de cada prefeitura, assim como o período de abertura das praias e horário de funcionamento dos restaurantes.



Veja como vai funcionar algumas praias de destaque na região do nordeste paraense:


Bragança


Na pérola do Caeté, a Prefeitura instalou uma barreira sanitária na estrada que dá acesso à praia de Ajuruteua. Lá é proibido acesso de ônibus e vans de piquenique. O acesso à praia está liberado até às 17h. Restaurantes devem funcionar com 50% da capacidade total.


"Vamos monitorar o fluxo de banhistas que vão procurar a nossa praia. Estaremos com fiscalização todos os dias para evitar aglomerações, a obediência as medidas de prevenção e também o respeito do funcionamento da praia", afirmou o vice-prefeito e médico Mário Júnior.


Praia de Ajuruteua, Bragança, Pará — Foto: Divulgação/Ascom Bragança


Maracanã


No dia 6 de julho, a Prefeitura de Maracanã emitiu decreto proibindo o desembarque de tripulação e aportamento de qualquer pessoa ou embarcação na região litorânea do município vindo de outras cidades. A vila de Algodoal, um dos principais e mais desejados destinos de Maracanã, estará fechada. A comunidade que vive na ilha de Maiandeua decidiu que não receberá turistas durante a pandemia da Covid-19.


As praias de Algodoal estão fechadas durante o verão paraense e a pandemia de Covid-19 — Foto: Frederico Lobo/Arquivo Pessoal



Marapanim


A Prefeitura de Marapanim emitiu no dia 2 de julho o decreto que regulamenta o funcionamento das praias, restaurantes e comércio não essencial durante o mês de julho.


Todas as praias do município estão com horário de funcionamento de 8h às 17h, quando o acesso é bloqueado. As orlas funcionam das 8h às 21h de segunda à quinta-feira; e de 8h às 22h de sexta-feira a domingo. Os funcionamentos das barracas vão até ás 17h, com capacidade reduzida de lugares para respeitar o distanciamento social.


Os restaurantes podem funcionar de segunda à quinta-feira, das 8h às 21h; e de sexta-feira a domingo, das 8h às 22h. Todos os estabelecimentos devem funcionar com a capacidade reduzida para respeitar o distanciamento social.

Orla de Marudá, distrito de Marapanim — Foto: Alexandre Yuri / G1


Salinópolis


Salinópolis é o município mais procurado pelos banhistas durante o verão paraense. Com praias que atendem vários gostos, a Prefeitura local determinou medidas de funcionamentos de seus balneários, além de medidas que restringem o acesso deliberado aos restaurantes.


Nas praias do Atalaia, Farol Velho e do Maçarico, o acesso será interrompido às 17h, com os restaurantes tendo que fechar às 19h, com margem de uma hora para encerra todas as contas. As barracas devem funcionar com apenas 50% da capacidade máxima do local.


Praia do Atalaia é um dos destinos mais procurados do verão no Pará — Foto: Cesar Perrari




Marajó




O Arquipélago do Marajó, classificado como o maior arquipélago flúvio-marítimo do mundo, é formado por 16 municípios disputados durante o período de veraneio. Por conta da pandemia, os municípios adotaram medidas de segurança como forma de prevenir a propagação do novo coronavírus na região, que tem um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.


No sistema de bandeiramento elaborado pelo Governo do Pará do plano 'Retoma Pará', o Marajó está classificado como zona laranja, de controle I. A especificação alerta sobre a capacidade hospitalar em risco e a evolução da doença em fase de atenção. Na região, a maior parte dos setores permanece restrita a atividades essenciais.


Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras e Muaná


Mantém medidas restritivas de acesso às praias e balneários. Eventos estão proibidos a fim de evitar aglomerações. Barreiras sanitárias foram instaladas e houve redução no número de passageiros do transporte intermunicipal.


Soure e Salvaterra

Soure Búfalo Ilha do Marajó Pará — Foto: Sidney Oliveira/ O Liberal



Decidiram flexibilizar a abertura de algumas praias, com delimitação de horários e limitação de pessoas por mesa. Barreiras sanitárias foram mantidas a fim de controlar o fluxo de pessoas. Eventos e festas estão proibidas, bem como a circulação de veículos automotivos com equipamentos sonoros. Número de passageiros no transporte intermunicipal foi reduzido.


Barcarena

Praia do Caripi, Barcarena, Pará — Foto: Divulgação/Ascom Barcarena


A praia do Caripi está aberta para funcionamento no período de 7h às 17h, quando o acesso ao balneário é bloqueado. Ônibus e vans de piquenique estão proibidos de entrar no município. Restaurantes devem funcionar com apenas 50% da capacidade total.


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