Audiência pública em Algodoal veta retomada do turismo em julho




Uma audiência pública aconteceu na manhã de ontem na ilha de Algodoal, município de Maracanã, entre a comunidade e o coordenador das ações municipais de enfrentamento ao coronavirus, secretário de saúde Júnior Araújo.
Secretário Júnior Araújo
Várias lideranças da ilha fizeram cobranças e por meio de um documento votaram em sua maioria pela permanência do isolamento social, sem acesso de turistas por enquanto.

A ideia inicial era  conciliar uma possível reabertura gradual para o turismo, mas a comunidade votou pela não reabertura, em razão do avanço da covid 19 e também da pouca estrutura na área de saúde. No documento colhido nas residências, 280 assinaturas para que não houvesse abertura para o turismo.
Nilson da Silva
Com a decisão sobre a permanência do fechamento da ilha, algumas medidas de exceções foram tomadas, entre outras: a saída e retorno de moradores para sanar seus problemas financeiros e outros; a entrada de veranistas que tenham comprovadamente suas casas na ilha, porém limitado a duas pessoas da família. Lideranças falaram como o presidente da Cooperativa dos barqueiros, Nilson da Silva, propôs que dois barcos iriam atender essa demanda de transporte com horários únicos e lotação de 15 pessoas por embarcação, sempre às 6 da manhã e retorno 5 da tarde. A comunidade acolheu e aceitou a proposta.
Vereador Cacaia
O vereador Cacaia (PL) disse que "o meu partido é Algodoal e eu como representante dessa ilha estou ao lado da comunidade", ainda pediu ao secretario mais insumos para o posto de saúde e cobrou autonomia do gerente administrativo. A moradora Joana Darc exclamou "Secretário, eu já estou cansada de ir no posto de saude e não ter medicamentos, não ter médicos, por isso se faz necessária essas coisas na ilha ou o senhor acha quê a gente gosta de sair daqui arriscando as nossas vidas para ser atendido em outro município?"
Joana Darc
Pelo conselho gestor da APA Algodoal-Maiandeua, falou a conselheira Marcia Nunes que leu as normativas sugeridas para uma possível reabertura. A comunidade não se sentiu representada e reclamou sobre a falta da presença da população para a elaboração do documento. O gestor do conselho, Janilson Lopes, explicou que não tinha como reunir com a comunidade pois o tempo foi curto a buscou evitar aglomeração. O Representante da associação dos conoeiros, Carlos André exclamou "Secretario precisou de uma pandemia para vocês virem a ilha depois de quase 8 anos de mandato, queremos saber quanto está sendo investido em nossa comunidade da verba destinada ao municipio para o combate a pandemia e quais as ações efetivas que estão sendo realizadas pois pouco se vê"
Marcia Nunes
O presidente da associação dos Praianos disse que a ilha fique fechada, porém tem familiares longe e se eles quiserem vir precisam ter livre acesso, mas claro com monitoramento por meio da barreira sanitária".
Dr.Raphael
A comerciante Lucidéia Costa cobrou a presença da nova enfermeira na reunião: "temos uma nova enfermeira quê ninguém sabe e nem foi apresentada pra comunidade, cobrou um trabalho mais consistente dos ACS". Falou ainda sobre saúde, o médico que está atendendo a comunidade Raphael Haber disse que "a maior dificuldade é a questão da falta de comunicação, eu cheguei em Marudá 8h só agora 12h eu cheguei aqui na reunião, é importante termos uma comunicação melhor com a comunidade".

Professora Eliana
Ainda usou a palavra a professora Eliana Bernardes: "Precisamos urgente de um plano sanitário eficaz, onde carroceiro, barqueiro, canoeiro possam se adequar e gerar segurança para os passageiros, muito mais que economia estamos tratando de vidas".

Então, o secretario Júnior Araújo pediu desculpas para a comunidade e assumiu a ausência da secretaria e disse que irá melhorar o suporte necessário para o combate ao coronavirus na comunidade. Diante das cobranças, o secretário prometeu atender as exigências da comunidade e garantiu a permanência do médico; assegurou que em duas semanas a ambulancha virá pra ficar em Algodoal nesse período e garantiu que o posto iria ficar abastecido para atender as necessidades da comunidade.

A audiência pública foi finalizada e ficou decidido que a ilha de Algodoal permanecerá fechada para qualquer atividade turística, as exceções são os veranistas que possuem residência na comunidade, mas apenas duas pessoas por casa podem estar na ilha por 48 horas; residentes fixos e parentes próximos de nativos que estão fora poderão retornar. O secretario prometeu aumentar a fiscalização na barreira sanitária e na comunidade para vetar a entrada clandestina de pessoas e também evitar aglomerações; e aumento do efetivo dos fiscais.














Da Redação - Algodoal
Sávio Lima

Postar um comentário

0 Comentários