Morre aos 93 anos, o ambientalista Camilo Vianna. Pioneiro na defesa da Amazônia

Autor: Gustavo Dutra



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Faleceu na noite da última terça-feira (11), aos 93 anos, o Dr. Camilo Martins Vianna, médico, ambientalista e professor universitário, que se tornou um dos principais nomes do Pará na defesa da biodiversidade.

A informação foi divulgada pelos familiares de Camilo através de redes sociais.


Nascido em Belém, em 14 de abril de 1926, Camillo Vianna viveu boa parte do tempo em uma fazenda da Ilha do Marajó, fato que influenciou sua vida na atividade ecológica, sempre comprometido com a natureza e com o bem comum. Ele integrou a primeira turma da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Estado do Pará, que junto a outras três instituições, originou a Uepa. Ainda estudante, Camillo trabalhou no Museu Paraense Emílio Goeldi catalogando espécies vegetais.

Após se formar, em 1952, foi médico residente no Hospital dos Servidores do Estado no Rio de Janeiro e, no retorno a Belém, começou a atuar na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. O atendimento à população carente do interior do estado e da periferia de Belém o levou a investigar a relação entre os problemas de saúde, carências alimentares e a degradação do meio ambiente. Camillo também foi coordenador do Projeto Rondon para a Amazônia Oriental, entre outros feitos.

Formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do estado do Pará, Camilo Vianna trabalhou no Museu Emílio Goeldi, foi vice-reitor e pró-reitor de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA) e idealizador de diversos projetos, especialmente na área ambiental, como as Semanas Amazônicas de Preservação, Encontro dos Povos Indígenas do Xingu e Sociedade de Preservação aos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia. Era conhecido ainda por divulgar a Amazônia no mundo e por promover 'trotes ambientais' com calouros da UFPA.

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