Traição, poder e afrodisíaco

Gueiros: "gosto de ver a cara de Amélia do traidor"
Ninguém deve abismar-se com traições e adesões nessa reta final de pré-campanha e começo da preparação da propaganda no rádio e televisão.
Ajustes e coligações partidárias são normais numa democracia, até mesmo “traições” de última hora. Por bem, ou mal, a hora é de buscar abrigo na candidatura majoritária que reúna mais chance de vitória.
O ex-governador do Pará, Hélio Gueiros, o “Papudinho”, já falecido, tinha resposta pronta para quem se queixava de traição política: “ é como traição conjugal, dói muito, mas passa”.
O "Papudinho", que entendia do significado da frase, porque também traiu e foi traído - politicamente, por favor - gostava de dizer que se divertia com a "cara de Amélia" de alguns traidores, que perdiam a eleição e voltavam depois ao abrigo da máquina do governo.
"O poder é afrodisíaco", recitava, sempre. Na verdade, a frase correta, atribuída ao diplomata norte-americano Henry Kissinger, era a seguinte: " o poder é o afrodisíaco mais forte".
Faltou completar que o excesso de afrodisíaco também é brochante.
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