(Foto: Reprodução)
Presa há 15 anos, Suzane von Ricthoffen, de 33 anos, pediu à Justiça para sair do regime semiaberto para o aberto. Ela foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, em 2002, em um crime que chocou o Brasil.
No pedido, que tramita sob sigilo, os defensores públicos que fazem a defesa de Suzane argumentaram até que ela foi pedida em casamento, além de enumerar outros motivos para a progressão, como bom comportamento e pontualidade no trabalho de corte e costura que executa dentro do presídio de Tremembé.
Em um documento anexado ao pedido, a diretora do presídio, Eliana Maria de Freitas, a quem Suzane chama de “mãe”, declara que Ricthoffen é uma presa de “comportamento exemplar”.
MANIPULADORA
No entanto, um pedido de progressão de pena de Suzane já havia tido um parecer negativo, em 2009, pelo promotor Paulo José de Palma, do Ministério Público, em Taubaté. O novo pedido também está na mesa de Paulo.
O promotor é considerado rigoroso em seus pareceres e negou o primeiro pedido porque um teste psicológico chamado Rorscharch, que revela traços importantes da personalidade, aplicado em Ricthoffen, descreveu a detenta como dotada de “egocentrismo elevado” e “agressividade camuflada”, além de ser “manipuladora, insidiosa e narcisista”.
No entanto, outro teste criminológico aferiu que ela, uma vez solta, não voltaria a cometer crime semelhante.
NOVA CHANCE
Há aproximadamente um ano, em agosto de 2016, o promotor afirmou à reportagem da revista “Veja” que Suzane merece uma chance de voltar a viver em sociedade.
“O resultado do teste de Rorscharch é interessante, mas essas são características da personalidade da Suzane e não representam risco à sociedade. Para sabermos se ela realmente está apta a viver aqui fora, precisamos analisar outros elementos. Por exemplo: ela é uma presa que trabalha duro dentro da penitenciária. Isso conta ponto a seu favor”, disse o promotor na entrevista.
A tendência manipuladora de Suzane ficou evidente em 2014, quando ela passou a ter direito ao regime semiaberto. Surpreendentemente, ela pediu para continuar no regime fechado. Ao investigar o que estava por trás dessa atitude atípica, psicólogos do sistema penal descobriram que Suzane não quis deixar a cadeia simplesmente porque não tinha para onde ir.
No entanto, pouco tempo depois, ela fez amizade com uma colega de cela, Luciana Olberg, condenada por estuprar duas crianças de três anos juntamente com o namorado. Para ajudar a amiga, Luciana apresentou o irmão, Rogério Olberg, que se interessou por Suzane. Os dois namoraram e já estão planejando o casamento.
Fora da cadeia, Suzane pensa em montar uma confecção, já que ganhou três máquinas industriais de costura do apresentador Gugu Liberato, há um ano, quando deu uma entrevista a ele.
O problema é que a ex-namorada de Suzane, Sandra Regina Ruiz, conhecida como Sandrão, confiscou o maquinário e disse que só entregará os equipamentos na Justiça.
(Com informações do MSN)
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