A sintética história do Surf no Pará


Surf na Pororoca prevê 200 competidores




A Assembleia Legislativa do Pará está apoiando o 4º Campeonato Brasileiro de Surf, que rola nos dias 25 e 26 de março em Salinópolis, por meio de emendas compartilhadas entre o presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda, e os deputados Celso Sabino, Carlos Bordalo, Cássio Andrade e Ozório Juvenil. Dezesseis estados e 260 atletas participarão do evento, que valerá dois mil pontos para o ranking nacional. Quarenta atletas parauaras estão na disputa, organizada em parceria com a Federação Paraense de Surf (Fepasurf), presidida por Noélio Sobrinho.


E entre os dias 26 e 28 de abril os holofotes do surf nacional e internacional se voltarão para São Domingos do Capim-PA, a Capital Mundial da Pororoca. Também estão sendo costuradasemendas parlamentares em apoio. Guto Delgado e Noélio Sobrinho montaram acampamentona Alepa e, com garra e foco, vão garantir o brilho do evento.


O surf começou a ser praticado no Pará em meados dos anos 70, na praia do Atalaia, em Salinópolis. Naquela época só os belenenses viajados praticavam a novidade esportiva. Pouco a pouco novos points com boas ondas foram descobertos: a praia da Princesa em Algodoal, a praia do Crispim em Marudá e a praia de Ajuruteua em Bragança, a praia do Cuiaral e Maria Baixinha em Cuiarana, a da Marieta na ilha do Marco, Lombo Branco em Apeú Salvador, e também as praias de água doce na ilha do Mosqueiro e das ilhas do Marajó.


A primeira competição no litoral da região norte do Brasil aconteceu em meados de 1983, e o campeão foi o surfista de Belém Roberto Lisboa, o “Beto Urubu”. Daqueles tempos até hoje alguns nomes da tribo de Belém merecem destaque, como Guto Delgado, Tony Parafina, Gilberto, Beto Urubu, o primeiro shaper André da Crista, Adelino Java, Jairon, Salin Haber, Alonso, Denis Sarmanho, Alex Cavalcante, Ely Vasconcelos e Murilo Bellesi. Da tribo de Salinas, os primeiros surfistas foram Reginaldo e seu irmão Ronaldo Nóbrega, Max do São Geraldo, Ian, Wanderson, Marcos Damasceno, Marcus Emir e seus irmãos Maurício e Marcelo.


O pessoal da Federação de Surf aponta as duas melhores famílias de surfistas do Pará: a do veterano Sérgio Roberto, Junior Félix e o maior competidor paraense de todos os tempos Sandro Buguelo; e a de Ricardinho, Rogério Pingo e a grande revelação Rodrigo Coelhão. Sem, é claro, deixar de destacar o surfista de Mosqueiro, Marcinho, e o de Algodoal, Ricardo Tatuíra.


No festival da Pororoca, em São Domingos do Capim, este ano haverá a maior ultramaratona aquática, prova que une resistência, estratégia e muita coragem em percurso aproximado de 140 Km, enfrentando os perigos da Floresta Amazônica e superando limites para vencer a distância entre Belém e São Domingos do Capim. Adrenalina pulsante para os amantes de esportes radicais! A turma promete pulverizar o atual recorde brasileiro de Surf na Pororoca e por mais de 200 surfistas simultaneamente na onda. Haverá, ainda, um Festival Nacional de Música e outras surpresas que ainda estão sendo preparadas e serão divulgadas em breve.


Auêra-Auára!!!
(antes que pensem que o blog pirou: significa bem-estar. É uma forma de desejar bem ao próximo e homenagear os Aueras, antigos habitantes de onde acontece a pororoca no Amapá).


A foto é de Sidney Oliveira, feita em 22.03.2015 quando sete surfistas profissionais se aventuraram às 1h50 da madrugada, debaixo de chuva e de um céu escuro. De longe se via uma linha branca no rio Capim, era a pororoca noturna, alta e forte. As pranchas estavam cobertas de LEDs e o Mirante do Barriga – de onde o fenômeno pode ser visto – iluminado para a espera da onda.

Transcrição: Blog da Franssinete

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1 Comentários

  1. Fiquei feliz em ver meu nome na história do surf paraense, saudade do surf nos anos 90.
    Abraço a todos do blog
    Eli Vasconcelos

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