Estado quer mudanças no curriculo do ensino médio


Professores e alunos protestam contra mudanças na educação, no PA
Sindicato diz que redução de 30% na carga horária prejudica alunos.
Secretaria de Educação diz que mudança não trará prejuízos.

Do G1 PA
Ilustraçao/Google

Cerca de 500 alunos e professores da rede estadual de educação fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira (4), em frente à sede do Conselho Estadual de Educação, em Belém. Eles reivindicavam a suspensão da votação de um pedido de redução de carga horária para o Ensino Médio, proposto pelo Governo do Estado.

Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o Sintepp tem até esta terça-feira (5) para apresentar uma contraproposta à questão. Se aprovadas, as mudanças serão implantadas, a partir do calendário escolar deste ano, quando as 589 escolas estaduais que ofertam o Ensino Médio regular passarão a contar com uma nova matriz curricular proposta pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para a última etapa da educação básica.

Dentro do Conselho, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) apresentava a proposta da nova matriz curricular para a educação básica à representantes do Ministério Público e do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintepp). As mudanças, porém, serão votadas apenas na próxima quinta-feira, dia 7.

Entre as propostas de alterações, uma redução de 30% da carga horária para o Ensino Médio e a exclusão do sétimo período causou polêmica. Para o Sintepp, a decisão de baixar a carga horária para o mínimo previsto em lei, apesar de ser legal, não é condizente com a realidade da rede pública local e pode não levar em consideração questões pedagógicas sobre a questão.

"Essa redução terá um impacto muito negativo sobre os alunos do Ensino Médio, especialmente, dos que irão prestar vestibular, pois a redução implica em menos tempo para transmitir conteúdos e repassar essas informações de forma adequada em sala de aula. E já temos uma dificuldade enorme de cumprir o conteúdo programado para as três séries do Ensino Médio", aponta Alberto Andrade, diretor do Sintepp.

Alberto ainda reafirma que a proposta não foi debatida publicamente com os trabalhadores da educação ou com os pais e alunos da educação básica, além de apresentar uma proposta de alteração que poderia entrar em vigor no meio do ano letivo. "Entendemos que se o Conselho aprovar essa medida, ele está permitindo uma 'despolítica' para a educação", aponta o presidente do sindicato.

Postar um comentário

0 Comentários