A biblioteca pública de Maracanã



Por Elizel Nascimento



A atual Biblioteca Pública de Maracanã, surgiu da iniciativa da Secretaria de Cultura do Município, no início de 2005, quando prefeito Raimundo Queiroz. Para viabilizar sua implantação, o gestor cultural na época, oficializou contatos com instituições congêneres, como a Fundação Tancredo Neves, em Belém, e o Instituto Nacional do Livro-RJ. Após o encaminhamento do rito documental foi assinado um contrato de comodato entre a prefeitura e aquele instituto com cláusulas como: - criar a Biblioteca, através de Lei Municipal e incluir no orçamento anual, previsão de recursos para manutenção e ampliação do acervo. Mas logo surgiu um impasse: a contrapartida da prefeitura de oferecer o espaço para o ponto de leitura não foi cumprida. Em junho de 2006, o Instituto comunicou a remessa de 2930 títulos; computador e impressora; TV de 29 polegadas; aparelho de som e DVD; 2 circuladores de ar; Nobreak; 5 estantes de aço com 6 prateleiras; 3 estantes de aço com 4 prateleiras; 6 mesas redondas com 24 cadeiras; e 1 mesa para atendimento. O material foi recebido e guardado em local improvisado. Em 2007, na gestão Tinô, a prefeitura reconstruiu o prédio da antiga Cooperativa dos Agricultores que estava a desabar. Em 10 de julho desse ano a Secretaria de Educação estava instalada nas dependências dos altos do prédio e na parte térrea foi inaugurada a Biblioteca. A direção e coordenação desse espaço cultural ficou sob responsabilidade da Secretaria de Educação, e à revelia de qualquer explicação convincente a Secretaria de Cultura ficou descredenciada de dar andamento no projeto que constava de um programa de incentivo à leitura nas escolas e estabelecer intercâmbio para se conseguir uma brinquedoteca. Assim sendo, a Secretaria de Cultura e Turismo passou a cumprir tarefas técnicas, de suporte e logística em projeto de eventos e procurou divulgar o município em nível nacional. Acompanhou o Carimbó de Raiz do Pará, até São Paulo no Salão do Anhembi, durante a IV-Feira do Turismo do Brasil, com várias apresentações do Grupo “Novo Zimba” de Maracanã, sem onerar o município. A referida Secretaria elaborou, ainda, um inventário completo sobre às perspectivas do ecoturismo no município, o que permitiu a outorga do “selo” – “Maracanã, Município de Potencial Turístico na Amazônia Atlântica Paraense”. Hoje a Biblioteca tem participação tímida no processo cultural do município e não está mais no seu espaço original, pois cedeu a área para a agência do Banpará.

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4 Comentários

  1. Um absurdo o descaso da gestão atual com a Biblioteca. Outro absurdo é não ter bibliotecário no município. Infelizmente o que prevalece é o velho balcão de cargos para os puxa-sacos da Prefeita Dica.

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  2. O Banpara fez barganha com a prefeita municipal de Maracanã para não ter custo nenhum para o banco. Chegou, inclusive, a cogitar a levar a agência para a cidade de Igarapé-Açu caso a prefeita não desse um jeito. Com a ameaça, a prefeita cedeu e destituiram a biblioteca para dar lugar aos interesse do capitalismo. É isso mesmo? Perdemos para o dinheiro e mandamos a Cultura para a baixa da égua. Assim e que pensam os administradores do município. E aí secretário de educação o que você nos justifica?

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    1. O interessante é que a prefeita cede logo espaços mais importantes e vitais do município. Para a construção da delegacia, era preciso que a prefeitura cedesse uma área. Cedeu um espaço esportivo, acabando com o lazer dos jovens. Para continuar operando no município, o BANPARÁ precisava de um espaço cedido pela prefeitura. Foi cedido o espaço que funcionava a biblioteca pública. Acabou com a cultura dos jovens. É muita "preocupação" com o futuro dos jovens deste município. É por isso que essa prefeita vai apanhar uma SURRA nas urnas da juventude de Maracanã.

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  3. EU QUERO SABER SER ISSO PODE. CADE OS VEREADORES DA NOSSA CIDADE ATÉ MESMO PESSOA MAIS INTELIGENTE QUE ENTENDI DE LEI PODE ENTRA COM UM PROCESSO CONTRA A PREFEITA.

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