A prefeita de Maracanã e o saudoso Paahhhh no embate do Milhão contra o Tostão

Atualização 25/02 - às 10:05

A repercussão nas esquinas de Maracanã e nas redes sociais foi muito grande em razão da ação movida pela prefeita municipal contra um jovem da cidade, baseada em criticas à administração pela internet.
Nos comentários, muitos jovens manifestaram o desejo de organizar uma manifestação de apoio a Jorge Negrão Raiol, no dia 11 de março, quando acontece a audiência no fórum local.

A tentativa de jogar no lixo a liberdade de expressão em Maracanã é contumaz no atual governo, sempre utilizando advogados pagos pela Prefeitura, no desejo de calar internautas, blogueiros e criticos.

Uma das ações que ainda não foi julgada, devido o pedido de exceção de suspeição do atual juiz da comarca, pede o FECHAMENTO do Blog do Ícaro.

"Quem não pode com o pote, não segura na rodilha". Assim dizia meu velho e saudoso pai Veríssimo. Quando a pessoa destina seu tempo e vocação para a vida pública deve logo estar preparada para críticas, afinal, ninguém é unanimidade.

Imaginemos aqui um cenário em que a presidenta Dilma - muito mal avaliada no momento atual de crises econômica e politica - resolvesse peticionar ação contra cada um brasileiro que tece criticas sobre seu respeito na internet. Imagine só aquelas montagens com Dilma sendo discussão de mérito nas pautas dos tribunais. Tem até Dilma nua numa praia. Creio que a função da justiça seria tão somente para as ações de Dilma.

Mas, em Maracanã o despreparo da prefeita é tão grande, que a mesma vive "se trocando" até com garotos pela internet e alguns menores de idade. Seu filho que é secretário de saúde despeja diariamente ofensas e palavras chulas não condizentes com a postura de uma autoridade municipal.

A intimação segue o rito processuais de todos os TCOs.

Há algum tempo atrás, o internauta Jorge Negrão Raiol, movido pela brincadeira virtual do "Paah" - que "viralizou" pelo país - postou uma critica em sua rede social sobre o corte nas gratificações dos servidores da educação de Maracanã, sugerindo que "um servidor foi ao banco sacar seu dinheiro e pahhh a prefeita já havia levado a metade". A critica mensagem era uma alusão a diminuição nas gratificações que atingiram os servidores municipais.

Paah - ele dominou as redes sociais até enjoar.

Pois bem, a Prefeita recorreu à delegacia de polícia civil, onde o delegado de imediato pediu ao internauta que retirasse a postagem. O que realmente aconteceu. Agora, o rapaz foi intimado pela Justiça local para comparecer no dia 11 de Março para uma audiência preliminar com a própria prefeita municipal.

Em todos os cantinhos da internet tudo era Paaah

Bem, não há forma mais clara de intimidação e sufocamento de críticos de sua gestão, do que as ações judiciais. Contra o Blog do Icaro já são 5 (cinco) de autoria da nobre prefeita. Em todas nosso assessoramento jurídico pediu a suspeição do atual juiz da comarca. Ações judiciais consomem tempo, preparação de defesa, audiências, preocupações, tiram o nosso sono, muitos caminham para a depressão, o medo. E também consomem dinheiro, pois é necessário a contratação de um advogado.

O internauta Jorge Negrão

O sufocamento via ações judiciais é o caminho mais fácil para a prefeita censurar internautas, já que não tem argumentos para discutir democraticamente como pessoa pública as suas ações de governo. Por outro lado, a excelentíssima se utiliza da máquina pública para tal: advogados da procuradoria municipal pagos com recursos do povo, combustível arcado com recursos do contribuinte para que o advogado faça a dispendiosa viagem, enfim...a prefeita dispõem de tudo bancado com nosso suado dinheirinho e ao propagar o terror na cidade de que moverá ações contra quem se manifestar em redes sociais sobre sua gestão, consegue o seu intuito maior que é instalar uma censura silenciosa na cidade, por fim demonstra com o caso do internauta Jorginho, um exemplo para servir a outros que ousem questioná-la, espalhando o medo.

Gozações assim na internet passaram despercebidas. Ou ainda haverá ação?

Já o internauta, filho de família simples e sem condições favoráveis de recursos financeiros, sente-se sozinho, desamparado, sufocado e censurado. Se não fosse a solidariedade de profissionais causídicos estaria sujeito a ser condenado como o personagem do escritor Theco Franz Kafka no histórico livro O Processo. O que deve ser mais dolorido para o simples internauta - mesmo sabendo que as doutrinas do direito nominam assim de acordo com a ação os envolvidos - é ler que a prefeita que é vítima. Não queremos aqui questionar a ação em si, que segue os preceitos legais e deve existir como mecanismo para qualquer um, seja rico, pobre, feio ou bonito. Já que seguimos o humanitário preceito constitucional de que todos são iguais perante a lei. Mas se existe igualdade, seria interessante os bem pagos advogados da Prefeitura de Maracanã realizarem uma operação pente fino, uma devassa nas redes sociaís e iniciem uma ação para cada critica.

Moradores plantaram até bananeiras no local onde funcionava o estádio municipal

Senhora prefeita, sua ação contra um garoto com idade de ser seu neto é uma covardia. É a briga de um gigante contra um anão. Um elefante contra uma formiga. O internauta não deve ter nada contra sua pessoa, assim como não tem a maioria de seus criticos, entre os quais me incluo. Temos respeito por sua idade, por seus cabelos brancos disfarçados com tinta cara, agora, somos contra a sua maneira de gerir os destinos de Maracanã, a forma que escolheu para sufocar e sacrificar nosso povo.

Prefeita Dica e seu esposo espalham o medo na cidade

Nós, os criticos, não venceremos com ações, vamos vencê-la com a inteligência dos que não se ajoelham diante do seu poderio econômico. Temos respeito pela senhora e o cargo que ocupa, mas NUNCA, JAMAIS, teremos medo de seu poder que sufoca e humilha as pessoas.

Uma grande pena que a legislação vigente ainda permita a utilização da justiça paga também com os recursos do povo contra pequenos do meio do povo. Uma ação assim, deveria ser defendida por uma junta de advogados, como exemplo, um Núcleo Jurídico de uma faculdade como a Estácio Castanhal para equilibrar as forças correntes. É a força do Milhão contra o Tostão.

É a nossa opinião!