Caso Caroço - Crônica de uma tragédia anunciada

Um atropelamento no sábado, véspera do Círio da cidade de Maracanã, às 6h30 aproximadamente, vem causando muitos transtornos para uma família no município. O Blog fez contato com os familiares e investigou o caso.

Entenda o caso "Caroço"

O sol já estava despontando forte sobre o rio Maracanã, quando o senhor Flávio Silva Costa, após uma boa noite de sono, um homem trabalhador de 61 anos, estacionou sua motocicleta Honda Biz na frente de uma loja de confecções na área do mercado municipal - como faz todos os dias - para comprar camarão e revender aos seus clientes fiéis nos bairros - aliás, a feira de véspera do Círio é sempre esperada, devido ao grande movimento com pessoas de fora na cidade.

No Sábado, infelizmente, "Seu" Flávio não atendeu seus clientes, pois quando atravessava a rua foi colhido violentamente por uma motocicleta Honda POP de propriedade de Wagner Silva, servidor municipal. O impacto foi muito violento, tendo "Seu" Flávio machucado muito a cabeça, e quando atendido no Hospital Municipal, precisou ser remanejado para o Hospital Metropolitano em Ananindeua, especialista em traumatologia. No momento, a vítima já se encontra em recuperação na sua residência.

A esposa da vítima registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia de Polícia Civil, já que o proprietário do veículo atropelador ainda não se dispôs a pelo menos comprar um medicamento. Segundo familiares, todas as despesas médicas estão sendo custeadas pela família, que espera que o proprietário da moto tenha a sensibilidade de encaminhar os documentos do DPVAT, a carteira de habilitação, para a liberação do seguro obrigatório, custeando assim as despesas.
Seu filho, Flavinho, um servidor público concursado, é um lutador, acadêmico do curso de Matemática da Faculdade PAN, ainda não conseguiu entender bem os fatos, ainda não agradeceu quem socorreu seu pai, pois não sabe quem foi, já que de imediato teve que seguir acompanhando-o para a capital.

Não procurou à família da vítima, mas esbanjou vitalidade nas redes sociais

O proprietário do veículo atropelador, já xingou muita gente em redes sociais, dizendo que não fez mal à ninguém e que está machucado, pois foi "cuspido" da moto no momento do acidente e que de nada se lembra. Segundo o mesmo, ele era apenas o "carona". Pela foto exposta na rede sociail Facebook, a Polícia pode facilmente detectar que os hematomas são resultado do não uso do capacete - um dos equipamentos indispensáveis quando se transita num veículo dessa modalidade.

O atropelador informou também em rede social que quem pilotava a moto no momento do acidente seria um jovem de apelido "Caroço". Porém, o piloto não apareceu em hospital, nem na delegacia e até o momento ninguém sabe quem é. Quando lidas as postagens, chegamos a pensar que o causador do acidente ainda quer ter toda a razão, achando que está corretíssimo e não respeita com silêncio a dor da família a quem causou e continua causando grandes transtornos.

Veja postagem do proprietário do veículo atropelador

Wagner Silva
14 de novembro às 14:07 ·

"gente eu não morri, tou(sic) com o rosto deformado, fui cuspido no acidente por que eu tava no carona, o senhor se bateu muito eu tava na mesma enfermaria q ele, bati raio x e só escoriações não matei ninguém e não bati ninguém até mesmo por q eu não estava dirigindo, como um certo safado falou em um blog sensacionalista. no mais obrigado pelas dezenas de visitas aqui em casa e pelas mensagens de apoio, tou com o rosto deformado, não vou postar as fotos por q a bicha vai fazer sensacionalismo. valeu e se Deus quiser vou me curar mais rápido o possível."


Amigos do atropelador já antecipavam a tragédia e após emitiram conselhos, afirmando que Moto e Bebida não combinam. A tragédia já estava anunciada, pois o servidor municipal é contumaz em transitar no estado de embriaguez e frequente em amanhecer em festas e rodadas de bebidas na praça central da cidade.
No seu perfil no Facebook, avisou que a noite seria de balada num reggae que aconteceu na cidade. Segundo testemunhas, o causador do acidente estaria amanhecido e num estado elevado de embriaguez no momento do acidente.

14 de novembro às 18:21

Wagner Silva

13 de novembro às 14:44 · 

hj vamos de reggae, no central show

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Veja nos comentários, como amigos já previam uma tragédia, quando o atropelador retirou a moto da concessionária há um mês:

Sai da frente que lá vai. Para "Seu Flávio" que tem 61 anos, a pouca agilidade nas pernas não permitiu sair da frente

Ninguém conseguia segurar mesmo.

Ainda na rede social, nossa equipe encontrou conselhos de uma amiga, em que afirma que moto e bebida não combinam. E é assim que todos devem agir. São grandes as campanhas nacionais de combate aos crimes de dirigir sob efeito de bebida. O país gasta milhões em publicidade sobre o assunto, buscando diminuir os índices de mortos e feridos nas estradas e vias públicas da cidade.

Conselhos de amiga: Moto e bebida não combinam!

As campanhas visam também desafogar os hospitais, já que o Sistema Único de Saúde, tem muitas despesas cuidando de pessoas que são vítimas de acidentes que poderiam ser evitados.

Conduzir veículo sob efeito de álcool ou ceder para direção de pessoa alcoolizada é crime, devendo o autor ser conduzido imediatamente para à delegacia e autuado em multa de aproximadamente R$ 2 mil. Continuando a responder o processo.

A família da vítima aguarda a apuração dos fatos pela Polícia Civil, evitando a impunidade que tem sido a grande incentivadora de crimes assim.

O Blog envia na tarde de hoje, cópia desta postagem para o delegado Luis Xavier, Superintendente de Policia Cívil regional do salgado, em Castanhal, buscando apurações mais rígidas para esse e outros crimes de violência no trânsito que agora não acontecem só nas grandes cidades, mas invadem o interior por meio de mãos de irresponsáveis. 

Nota da redação - Imagens, postagens e comentários de terceiros extraídas de perfis públicos na rede social Facebook, postados na modalidade pública, estando acessível e visível para toda pessoa em qualquer lugar do mundo.

Nenhuma imagem utilizada tem o caráter restrito, mecanismo previsto em rede sociaís, quando o assunto é privado.