UM VISUAL SEM “PINTURA”

Por Elizel Nascimento


Não se trata de um cartão postal de Maracanã, mas um “point” do cotidiano comercial da cidade, onde se concentra o maior complexo do mercado de pequenos negócios. É lá junto ao cais do porto, onde estão uma ponte de concreto, um trapiche de madeira, dezenas de barracas de feirantes, um mercado de carne com um anexo que nunca funcionou. Sim, é lá que nos deparamos com o pior visual urbanístico da cidade, para o qual não se tem notícia de qualquer projeto de revitalização, para minimizar o aspecto “favelizado” da área. As barracas estão cobertas com plásticos, brasilit, lonas e até papelões, desalinhadas e sem padrão. A ponte de concreto não oferece boas condições de desembarque, com uma escada inclinada, sem corrimão e deslizante de limo. O anexo,construído na administração do prefeito Rafael, apesar de boa cobertura e estrutura sólida em alvenaria pra nada serve.

 O “vai-e-vem” dos usuários do transporte marítimo ocorre pelo trapiche de madeira, por onde desembarca, também, o pescado para o abastecimento. Mas, a partir daí o peixe fica exposto à venda em cima de plástico, caixas de isopor e balcões sujos. Nenhuma informação se alguém da vigilância sanitária já chegou ali para examinar o estado de higiene do ambiente. Como o assunto não é de hoje, há uma alegativa de que o município não tem recurso em seu orçamento para bancar tal obra. Então, que se faça através de “Emenda Parlamentar”, por meio de gabinetes desses de deputados que dividiram 20 mil votos dos maracanaenses e nunca mais voltaram ao município. Tenho dito.



* O autor é escritor, poeta e historiador.

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1 Comentários

  1. O Elizeu Nascimento consegue enxergar essa falha na administração, mas os vereadores e a cúpula da prefeita não. Não consigo entender isso.

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