(Foto: Arquivo Pessoal)
O brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte estava sereno nas horas que antecederam sua execução na Indonésia, na tarde desta terça-feira (28). Segundo informações publicadas no site IG, ele alternou momentos de lucidez e delírio. O brasileiro disse ainda que dali iria para o céu, conforme contou um diplomata brasileiro que o viu pela última vez.
"Daqui irei para o céu e ficarei na porta esperando por vocês", declarou Gularte no encontro final, disse à BBC Brasil o encarregado de negócios do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvalho Monteiro, maior autoridade brasileira na Indonésia. Ele chegou a fazer discursos "delirantes", expressando confiança de que não seria executado, disse o diplomata brasileiro.
Monteiro acompanhou os disparos da execução à distância, ao lado de Angelita Muxfeldt, prima de Gularte. O fuzilamento ocorreu por volta de 0h25 (horário local, 14h25 em Brasília), disse ele. "Foram vários tiros fortes e ao mesmo tempo". O corpo será levado ao Brasil, onde será enterrado.
Angelita foi a última familiar a ver Gularte, à tarde (horário local). Ela foi para a Indonésia em fevereiro para tentar reverter a execução do brasileiro. "Ele não queria que eu chorasse", disse ela a jornalistas, emocionada, após deixar a prisão. O último contato com a mãe foi por telefone na segunda-feira (27). Na ligação, de 20 minutos, ele conversou também com a irmã.
O paranaense, de 42 anos, foi preso após ser flagrado com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Familiares tentavam convencer autoridades a rever sua pena e transferi-lo para um hospital após ele ter sido diagnosticado com esquizofrenia. Parentes dizem que ele foi aliciado por traficantes internacionais devido ao seu estado mental.
(DOL com informações do IG)
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