Série: Maracanaenses no sul do País

Ponte da Thapyoca, um dos pontos turísticos de Timbó - SC

Timbó é uma cidade de pouco mais de 40 mil habitantes em Santa Catarina, tem um clima temperado que oscila a temperatura em 40 graus no verão forte e às vezes chegando a 3 negativo no inverno. Lá, há muitos pontos turísticos como represas, morros, museus de música e do imigrante, sendo que a igreja Luterana da cidade é considerada a maior da America Latina.
Parque Arapongas


Timbó foi colonizada por Alemães e Italianos e hoje abriga em seu chão jovens sonhadores maracanaenses que pra lá partiram na busca de um futuro melhor marcado pelo estudo e o sucesso profissional e pessoal.
É lá que vamos encontrar Kevin Loran eThayana Chrisley , dois jovens que "morrem" de saudades de suas famílias, porém, estão focados num futuro promissor.
Ainda estão na fase de adaptação: formando novas amizades, acostumando com o clima e o ritmo da cidade, enfim...

Os jovens maracanaenses Kevin e Thayana
Outro fenômeno no processo de migração de maracanaenses é Blumenau, uma cidade agradável no estado de Santa Catarina, colonizada por europeus, principalmente alemães, abriga a maior festa de cervejas do Brasil: Oktoberfest. O evento nasceu após uma grande cheia do rio Itajaí-Açu  que deixou a cidade muito danificada.

Blumenau é a principal cidade do vale do Itajaí com pólos industrial, comercial, tecnológico e universitário. Na área industrial, figura como principais a Companhia Hering - uma das grandes do Brasil e a Haco, que é a maior produtora de etiquetas do mundo.

É uma típica cidade de médio-grande porte e propicia qualidade de vida para seus moradores, tendo várias atrações turísticas.

Mas, afinal porque estamos falando de Timbó e Blumenau?

Um certo dia, um maracanaense resolveu mudar para Santa Catarina e viajou de mala e cuia. De lá, bem instalado resolveu chamar um parente. E assim, foi um, dois, três...Outros foram chamando outros e agora na cidade sulista, há uma grande colônia de filhos da cidade de Maracanã no Pará.

Em outras cidades de Santa Catarina acontece a mesma coisa: muitos maracanaenses vão em busca de um bom emprego, estabilidade financeira, capacitação profissional e, lógico, sonhos, muitos sonhos.

Em Timbó, moram Kevin Loran e Thayana Chrisley, dois filhos de Maracanã que pegaram o "Ita" no norte e seguiram para novos horizontes. O Blog fez uma conversinha "rapidola" com os dois:


Blog O que os motivou mudar e seguir para o sul do País?

Kevin: Bem, pra começar, acredito eu como cidadão que muitas pessoas não só de Maracanã, mas de outras regiões paraenses procuram além de uma vida boa , estabilidade financeira,  já que o Pará não tem essa proporção que o sul nos oferece. Pois sabemos nós das grandes dificuldades encontradas em nosso estado começando pela falta de emprego , ao contrario de alguns estados vizinhos, assim como o sul que além de oferecer bons empregos, incluísse neles uma ótima remuneração e estadia. Bem em Maracanã acredito eu que como sempre o que falta e uma ótima administração publica empenhada e voltada a população e ao progresso.
Kevin de Maracanã para Timbó-SC
Blog:       Seria fácil identificar quem foram os primeiros a viajar e se estabelecer em SC?
Kevin: Bem, é difícil identificar. Na verdade quando chegamos aqui existiam muitas pessoas de nosso município.
  
A cidade de Timbó-SC

Blog:       Os maracanaenses costumam se encontrar?

Thayana:  Sim. Procuramos locais públicos ou muitas  vezes há um rodizio nas residências de cada um.
Blog:       Que tipo de lazer é mais freqüente na região?
Thayana:: Praias , praças, trilhas, boates, jardins botânicos, entre outras.

Blog:     Kevin e Tay: quais os sonhos que os impulsionaram a mudar radicalmente de moradia, vida, saindo da Amazônia para uma cidade sulista?
Kevin: Em meu acaso vi que em minha cidade seria muito óbvio que não teria o que tenho aqui hoje, ainda mais com essa idade. Jovens sonham como eu em ter seu carro, sua casa e sua estabilidade financeira. Mas, vale registrar que a minha saída de Maracanã foi por necessidade e não apenas aventura.

Thay


Thay: Aqui eu encontro as oportunidades que infelizmente não encontrei em meu município: qualidade de vida, bom emprego, qualificação profissional,  e quando avaliei tudo isso, resolvi mudar.
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Blog:      No futuro, os dois pensam em retornar ou se estabilizar e continuar no sul?

Repostas: Ainda não pensamos sobre isto!

Blog:   Ficar longe da família, dos amigos de infância, da cidade natal, tudo isso causa o que?
Respostas: Saudades, saudades...mas, quando pensamos em crescimento pessoal e profissional, percebemos que há necessidade abrir mão de tudo isso.
 Blog:   Há muitas diferenças entre morar na Amazônia e no sul?
Respostas: Sim. Começando pelo clima e a cultura.

Blog:   Como os sulistas os tratam?

Kevin:  Um povo muito hospitaleiro,

Blog:.   O que falta na cidade de Maracanã para que seja capaz de manter os jovens na região?
Respostas: Muitos maracanaenses ainda estão chegando, conheço vários que são da vila da Penha. Aqui não é um mar de rosas, conviver com a ausência familiar. Agora, aqui as oportunidade brotam, pois aqui encontramos o que deveríamos ter encontrado em Maracanã. Acreditamos nós que o que falta em Maracanã são portas de oportunidades, geração de emprego e renda, atrair empresas e garantir o futuro.


Em breve, continuaremos a série conversamos com outros maracanaenses que estão no sul do país.

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1 Comentários

  1. A falta de oportunidade aos jovens maracanaenses é reflexo da inércia dos políticos de Maracanã de não desenvolver uma política de primeiro emprego. Após chegarem ao tão sonhado poder, esquecem suas proposta de campanha e passam a governa apenas com suas convicções. Os jovens de Maracanã quando não trabalham ou estudam depois da educação básica, seguem dois caminhos: constroem família cedo ou enveredam pelo mundo das drogas. Por fala em drogas, existem várias "bocas" na cidade. A autoridade policial sabe, entretanto não fazem nada; ou quando fazem, é uma ação paliativa porque os "boqueiros" não podem se presos uma vez que bancam os policias em Maracanã para os quais pagam propinas para continuarem a afundar famílias maracanaenses. Para finalizar, vem um locutor chinfrim que tem um programa matutino na única rádio da cidade afirma que a policia militar é briosa. Deveria era medir as palavras ao falar dos órgãos repressões da Pará, com destaque para a Polícia Militar.

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