A vida acadêmica vitoriosa do maracanaense Andson Almeida

O jovem Andson já foi protagonista de duas postagens aqui no Blog e sempre em função de seus méritos nos estudos. No mês de agosto de 2012, ele esteve em Brasília, recebendo das mãos da presidenta Dilma a medalha da Olimpiadas de Matemática, como destaque no cenário nacional.
Andson Almeida foi aprovado agora para a Universidade Federal do Pará no listão anunciado no sábado (24).

Andson Almeida - calouro Ufpa 2015

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Matemática é com o Andson

Andson José Silva Almeida, maracanaense, filho da professora Angela Maria e de Adilson Almeida, estuda no NPI - Núcleo Pedagógico Integrado, recebeu ontem das mãos da Presidente da República, Dilma Rousseff, a medalha de ouro das olimpíadas de Matemática 2012, ao lado de 500 estudantes brasileiros que disputaram a competição com mais de 18 milhões de participantes. Andson estudo no Ezequiel Lisboa até o sexto ano fundamental.
Parabéns!!!!
Na edição do telejornal da Liberal ganhou uma reportagem especial com direito a entrevista para a sua mãe.

Postado por Fernanda Cristo às 19:33  


No listão da Uepa divulgado alguns dias atrás, uma grande polêmica tomou conta do estado do Pará: uma estudante filha de empresário da área de educação ocupou uma das vagas de Medicina como cotista - um espaço reservado por lei:

• 3) Como é feita a distribuição das cotas?

  As vagas reservadas às cotas (50% do total de vagas da instituição) serão subdivididas — metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita e metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um salário mínimo e meio. Em ambos os casos, também será levado em conta percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas no estado, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
  
  
  A estudante rica que ingressou na Uepa via o sistema de cotas impediu o acesso do jovem maracanaense Andson Almeida, que foi o 16º colocado na pontuação, ou seja, estaria entre os 15 primeiros, caso o sistema cotista não fosse burlado.
  O Ministério Público avalia a situação e deve questionar na justiça o caso.
  
  
  
  
  Evana Carvalho
  Olá, sou professora da rede pública e tia de Andson José S. de Almeida, o candidato que ficou com a colocação no 16º lugar no processo de cotas no curso de Medicina da UEPA, venho por meio deste retribuir o apoio e a repulsa aos que se manifestaram quanto ao preenchimento da referida vaga pela filha do dono de um colégio particular.
  Respeito os pais da caloura e sei o quanto estão indignados pelo o que vem sendo expostos sobre este fato, pois, sou sabedora que para se obter tal colocação, necessita de uma dedicação e esforço para se alcançar o que estes jovens, alcançaram, a família do Andson, também, encontra-se indignada com o ocorrido, só que, está do lado oposto da moeda. Aceito a colocação dos que dizem que está dentro da legalidade, mas, é imoral o preenchimento da vaga. Estamos em um momento em nosso país de “repulsa” aos atos que burlam os direitos dos cidadãos para obterem qualquer que seja o benefício para dar a assistência aos que necessitam.
  Queria que todos conhecessem a história de Andson, cotista, vindo de escola pública, tem suas bases escolares na cidade de Maracanã e, aos 12 anos veio para Capital, concorrer a uma vaga no IFPA, onde até hoje cursa o Ensino Médio. Ganhador da medalha de Ouro nas Olimpíadas da Matemática em 2011, e, depois medalha de Bronze nos anos consecutivos. Não mora com os pais, vive com os tios, sempre revezando sua estadia, não possui um quarto adequado para os estudos e quase sempre, não tem conforto, mas mesmo assim, sempre nos dá orgulho com suas notas e dedicação pelos estudos.
  Não quero aqui, de forma alguma, transformar a história do Andson em um romance barato e pedir algo, além do inalcançável. Estamos na espera do parecer do Ministério Público do Estado, ressaltando que, Segundo a Lei nº 12.711/2012, alunos que estudaram todo o ensino médio em escolas públicas terão direito a ¼ , ou seja 25% das vagas em todas as universidades e institutos federais. Metade delas será reservada para estudantes com renda mensal familiar de até um salário mínimo e meio. Critérios raciais (índios, negros) também serão levados em consideração.
  
  
  Belém, 14 de janeiro de 2014,
  Evana Celeste Carvalho de Almeida