Sono e celular

Dormir com celular no quarto prejudica o sono



(Foto: Reprodução )


A necessidade (e o vício) do uso do telefone celular (ou eletrônicos como tablets) em alguns casos é tão grande, que muitas pessoas não conseguem deixar o aparelho de lado nem na hora de dormir e acabam deitando a cabeça no travesseiro sempre com ele ao lado.

Outros, conseguem deixá-lo poucos metros adiante como carregando no criado-mudo durante a noite, por exemplo. Em ambos os casos as situações são preocupantes. Segundo pesquisa, nos últimos anos, os cientistas têm descoberto que nosso sono cronicamente atrasado está ligado à presença desses aparelhos no ambiente em que dormimos.

Uma pesquisa do professor da faculdade de medicina de Harvard, Charles A. Czeisler, professor da faculdade de medicina de Harvard, publicado na revista Nature no ano passado, apontou que a luz azul emitida por aparelhos como celulares, smartphones e tablets ativa neurônios no cérebro que nos impedem de sentir sono.

Aliado a isso, ficar plugado na tecnologia até a hora de dormir e manter os aparelhos no quarto (o que significa que eles sempre estão à mão) não só afeta nossa capacidade de pegar no sono, mas também a própria qualidade do sono, pois a produção de melatonina do corpo sofre ruptura. A melatonina é o hormônio que induz o sono. O ideal é tirar os eletrônicos do quarto, ao menos na hora de dormir e transformá-lo em um santuário reservado ao sono.

Confira mais vantagens de deixar os aparelhos longe do quarto e, especialmente, longe da cama:

Reduz a tentação de jogar joguinhos ou conversar com amigos até tarde: Começa com uma olhadinha rápida no Facebook ou com uma partida de Candy Crush, mas raramente para por aí – especialmente para os mais jovens. Este comportamento só aumentam problemas crônicos do sono, por conta da ausência de uma hora para desligar; além disso, se você fica regularmente acordado até tarde, reajusta seu relógio biológico, e a síndrome do sono atrasado entra em ação. Assim, seu corpo não consegue pegar no sono antes do novo horário, seja meia-noite ou 2h e essa disfunção nos padrões do sono tem impacto negativo nos seus níveis de energia e na sua produtividade no dia seguinte;

Opte por um livro: Se você ainda não está pronto para dormir, pegue um livro em vez do telefone. A lâmpada da cabeceira não emite a mesma luz azul e estimulante de uma tela digital e permite o início do ciclo natural do sono, além disso, os livros permitem que seu cérebro se mantenham em um trilho único em vez de dominá-lo com notificações estimulantes;

Dê mais atenção à pessoa amada: É muito mais gostoso ficar agarrado à uma pessoa do que a uma celular, mas a tecnologia é uma das maiores culpadas pela sabotagem da vida sexual. Um estudo de 2013 da Harris Interactive e da Jumio mostrou que 72% dos americanos mantêm o celular a no máximo 1,5 metro de distância do corpo a maior parte do tempo, e 20% dos adultos estão com o telefone na mão enquanto fazem sexo. Infelizmente essa conexão tecnológica está comprometendo as conexões da vida real. Se você não quiser acabar com o clima entre os lençois e quiser melhorar a comunicação com seu parceiro, é melhor deixar o celular fora da relação;

Redução da sua exposição à radiação: Mesmo não havendo até o momento evidências conclusivas da ligação entre celulares e câncer, os telefones emitem sim, uma forma de radiação eletromagnética não-ionizante que pode ser absorvida por tecidos próximos, segundo o Instituto Nacional do Câncer.

Estudos realizada pela Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer mostrou que tais transmissões podem ser "possivelmente cancerígenas" e que o risco aumenta quando você está segurando o aparelho junto ao corpo. O risco é mínimo porém, quando o telefone está desconectado do wi-fi – ou, melhor ainda, desligado. Mas a grande maioria das pessoas que dorme com o celular não o colocam no modo avião.

Você vai relaxar sem os alertas apitando na sua orelha: Você pode até não perceber, mas deixar o telefone ligado e por perto cria uma sensação de hipervigilância, experiência muitas vezes associadas à síndrome do estresse pós-traumático que envolve uma tensão constante. Estar alerta para ligações, mensagens de texto ou emails impede que o corpo relaxe completamente;

Sono, sono e mais sono!: Pense quanto tempo a mais você dormiria se seu telefone não te distraísse do cansaço. O ideal é criar um "toque de recolher" para o celular – de pelo menos 30 minutos a uma hora antes de deitar – o que dará ao cérebro a oportunidade de desacelerar e relaxar. Curta a paz e a tranquilidade do quarto, deixe os pensamentos fluir e o sono chegar, em vez de entregar o controle ao telefone.

(DOL com informações dos sites Mais Saúde e Brasil Post)