A hora da batalha


Onde os fracos não têm vez




A aliança liderada pelos partidos majoritários PMDB-PT agregou ao exército que está sendo perfilado dois poderosos pelotões de comando: o DEM, presidido pelo deputado Federal Lira Maia, com principal teatro de operações no oeste do Pará e o PR, presidido pelo deputado federal Lúcio Vale, cujo principal teatro de operações é o nordeste do Pará.

O engajamento é um reforço substancial na aliança oposicionista, mas vai além: é uma estocada no fígado do governador Jatene, que tinha ambos na sua linha de resistência e os deixou escapar, revelando que a ponte do Palácio não está devidamente guarnecida.

Simão Jatene acreditou que a liga que lhe mantinha o PR nas bordas não seria quebrada pela envergadura mal fornida do governo, e sorvia serena confiança de que o seu histórico aliado de primeira hora, o DEM, estava devidamente acomodado na antessala, aguardando ser atendido naquilo que o governo achasse por bem lhe prover.

Duplo e ledo engano. A insatisfação das duas presidências com a dança de vampiros que o governador bailava, sem pronto definir o próximo par, oxidou a liga a tal ponto que a galvanização imaginada ruiu sob a ferrugem: os dois pelotões saíram de um exército que já está há algum tempo fora de forma.

Na aliança governista cada soldado está lutando por si, sem a sinergia necessária às grandes guerras. Essa atitude propicia a deserção, pois o combatente, nessa eventualidade, não usa a trincheira para resistir e atacar, mas exclusivamente para se esconder e sobreviver.

O deputado federal Joaquim Lira Maia (DEM) é o pré-candidato a vice-governador do Pará na futura chapa PMDB-PT, que tem Helder Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) como pré-candidatos a governador e senador respectivamente.

O ingresso do DEM e do PR nas colunas que atacarão o Palácio dos Despachos, visando conquistar-lhe o paço pela deposição popular do seu atual senhor, foi o movimento de tropas mais significativo do PMDB desde o ingresso do PT na aliança.

Os detalhes da ação serão oportunamente narrados, inclusive os intempestivos movimentos do governador para abortar a operação, todos debalde, pois não é possível conter tal tipo de ataque, no Pará, desde Paris, mesmo em se estando com o comandante de uma das tropas na ilharga, julgando assim que estaria ele administrado.

Origem: Blog do Parsifal

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