UFPA: Um novo marco para o litoral salgado paraense



Salinas terá polo universitário

 


O Blog(Redação): O polo da Universidade Federal do Pará em Salinópolis será um grande marco para toda a região do litoral salgado paraense. O terreno na ilha do Atalaia já está assegurado por meio de uma articulação Prefeitura Municipal-Câmara Municipal-empresário João Felício. Em troca de isenções tributárias municipais, o empresário cedeu uma extensa área para o projeto.
Por outro lado, para que o funcionamento da Universidade seja garantido agora em 2015, a Prefeitura está realizando a adaptação de um prédio que funcionava como mercado e cederá por 03 anos para que os cursos funcionem no local.
 O professor Carlos Alberto Dias, um salinopolitano, é um dos grandes incentivadores do projeto e poderá ser homenageado com o seu nome na escola onde funcionará o polo e após 03 anos será transformada numa escola integral, segundo o prefeito Paulo Henrique Gomes.
Veja agora como tudo começou:
 
Professor Carlos Alberto
"O município de Salinópolis está na expectativa de receber um polo universitário avançado voltado para a área tecnológica, a ser implantado pela Universidade Federal do Pará. É mais uma iniciativa para promover a interiorização do ensino superior na região amazônica. O projeto conta com o apoio da Prefeitura do local, que, inclusive, já avalia a possibilidade de doação à UFPA de um terreno de 44 hectares, que deverá sediar os novos prédios. A meta inicial é ofertar, nessa localidade, cursos de graduação e pós-graduação em Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo, e Engenharia Oceânica, bem como um curso profissionalizante de Pesca.

A reunião, que discutiu a possibilidade de doação do terreno à UFPA pela Prefeitura de Salinópolis, ocorreu no dia 18 de agosto, na sede do Município. O reitor da UFPA, Carlos Maneschy, foi acompanhado de uma comitiva de professores e pró-reitores. “A iniciativa é mais uma possibilidade para a UFPA exercer sua missão de difundir e estender conhecimento, dando oportunidade a que milhares de pessoas possam ter acesso à formação profissional de qualidade e, a partir dela, ascender pessoal e socialmente, contribuindo para a produção científica e o desenvolvimento econômico do País,” declarou o reitor.

Potencial - Pesquisas recentes apontam que Salinas oferece vestígios de ocorrência de hidrocarbonetos, abrindo novas perspectivas de exploração econômica em reservatórios de calcário, o que estabelece semelhanças com os reservatórios também em calcário do pré-sal, território que está dentro da área marítima brasileira, onde foram encontradas reservas petrolíferas de elevado potencial.

Estudos a serem desenvolvidos no campus podem colaborar, ainda, para o manejo de ambientes costeiros (preservação e reconstrução de ambientes costeiros), produção e reprodução de espécies em cativeiros naturais, potencializando a pesca e a economia regional.


Atualmente, a fase é de negociações com o Ministério da Educação (MEC), visando à aprovação do projeto e também de angariar recursos. Além disso, pretende-se buscar parcerias com o empresariado nacional, uma vez que se dará ênfase a áreas de interesse para a produção industrial.

Ênfase em engenharias – O projeto vem sendo pensado pelo Reitor Carlos Maneschy, assessorado pelo professor Carlos Alberto Dias, da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Macaé (RJ), e complementado pelo professor José Geraldo Alves, do Instituto de Geociências da UFPA.

Carlos Alberto Dias nasceu em Salinas e, há muito, luta pelo desenvolvimento socioeconômico de várias regiões do País, com destaque especial da região amazônica. Esta é a quarta consultoria prestada pelo professor à UFPA, com a qual também colaborou para a implantação do Instituto de Geociências, da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) e do Núcleo de Pesquisa em Geofísica de Petróleo.

De acordo com o pesquisador, as reservas de petróleo e gás natural que podem haver na Amazônia ainda são uma grande incógnita que merece investigações. “Recentemente, por exemplo, foram descobertas reservas de gás na Bacia Pará-Maranhão, o que representa um bom indicativo de que ainda há muito mais a ser revelado na região”, afirmou.

O projeto também prevê a instalação de uma fundação cultural que contará com uma biblioteca. Esta, inclusive, já recebeu doações de acervo, como os 1000 volumes de Etno-história da Colonização do Brasil, doados pelo professor Dias; e cerca de 1200 volumes de Literatura doados pelo professor José Maria Bassalo, responsável pelo destino a ser dado à biblioteca do saudoso professor Paulo Mendes. A estimativa é que a inauguração possa ocorrer em dois anos.


Texto: Jéssica Souza - Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Karol Khaled"

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