Quem não conclui escolas tem que concluir presídios
Quem chega a Breves, no Marajó, pelo aeroporto, a meio caminho da cidade, do lado esquerdo, avista um presídio recém inaugurado pelo governo do Estado, a um custo de R$ 4 milhões.
Segundos à frente, do lado direito, avista-se um enorme obra inacabada, que viria a ser uma Escola Tecnológica Estadual, que, iniciada em 2010, com custo orçado de R$ 6 milhões, foi abandonada pela administração de Simão Jatene.
Governar é eleger prioridades. Soa bizarro priorizar a construção de um presídio em detrimento da conclusão de uma escola tecnológica.
O correto seria concluir os dois ao mesmo tempo. Na inauguração, o governador teria um ótimo trocadilho, para oferecer à audiência.
Já que a escola está em frente ao presídio, ao descerrar a fita dessa, Jatene poderia advertir: “quem não aproveitar o que iremos oferecer aqui, poderá ter a desdita de passar uns dias ali”.
Mas, pelo menos por enquanto, alguns marajoaras em idade escolar, só estão tendo a potencial desdita da segunda opção.
Transcrição: Parsifal 5.4
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