Segundo o “Estado de S. Paulo”, o ministro do STF, Dias Toffoli, obteve do BMB (Banco Mercantil do Brasil), “R$ 1,4 milhão em operações de crédito a serem quitadas em até 17 anos”.
O caso seria mera liberalidade do BMB se o ministro não fosse relator em processos de interesse do banco, desde que vestiu a suprema toga, em 2009.
O rabo do gato: os descontos nos juros foram dados, em repactuação da dívida, “após decisões do ministro em processos que favoreceram o BMB.”.
> Fundada suspeição
O ministro esqueceu de ler a parte dos códigos de Processo Civil, Penal, e o Regimento Interno do STF, que funda a suspeição de parcialidade do magistrado quando uma das partes do processo, lhe for credora ou devedora.
> Sem maiores repercussões
Como Toffoli não é um político, o caso não terá maiores repercussões e ele não será réu em uma ação de improbidade administrativa.
Mas nem tudo está perdido, pois a imprensa começa a virar a alça de mira no rumo do Poder Judiciário, que é composto, também, de seres humanos, por isso carrega as mesmas imperfeições do Poder Legislativo, do Poder Executivo e de boa parte do pessoal que acompanha o Círio.
> Emenda aditiva
Aquele ditado de que a política não muda o caráter de ninguém, apenas revela o de todos, começa a ser reescrito para: “a política e a magistratura não mudam o caráter de ninguém, apenas revela o de todos”.
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