O dia que não terminou!



O distante 1964 é considerado por muitos como o ano que não terminou. Naquela época, as forças armadas engendraram um grande golpe politico que resultou num longo periodo de ditadura militar no país. A primeira eleição direta para presidente só veio a acontecer no ano de 1989.
Nos moldes de ditadura sempre presentes o cerceamento de liberdade de expressão, a truculência, a ausência de debate e muita violência. Pois, veja o que aconteceu no dia de ontem no municipio de Maracanã, aliás, o dia que não acabou: a Conferência Municipal de Saúde que deveria ser uma celebração democrática visando constituir uma das ferramentas de controle da sociedade, o Conselho Municipal de Saúde, tornou-se num evento anti-democrático e que pela primeira vez necessitou de segurança militares.
Anteriormente, uma comissão da secretaria de saúde, realizou duas pré-conferências nas vilas de São Benedito (KM 19) e Algodoal. Até ai tudo bem, não fossem os eventos realizados na surdina, sem plena divulgação como estabelece os melhores preceitos democráticos. As reuniões bem fechadas tiveram a função de eleger delegados na "marra" e ao bel prazer da opinião do secretário municipal.
Ontem, a situação constituiu-se num atentado a democracia: servidores da saúde foram impedidos de participar mesmo como ouvintes, titulares do sindicato dos servidores da saúde foram ameaçados por seguranças e tiveram que recorrer ao Poder Judiciário de Maracanã, quando o juiz da comarca interveio para garantir a entradas dos trabalhadores como ouvintes.
Até que ponto chega a arrogância, a prepotência e a vontade de poder a qualquer custo.
 Os conselheiros eleitos, quase em sua totalidade, são alinhados ao secretário de saúde, o que demonstra claras intenções de esconder alguma coisa, fica clarividente que não se deseja o controle social da saúde. logo a conferência de saúde sempre tão destinada ao debate, as discussões naturais dos tempos democráticos.
Ao final do evento, muitas comemorações num bar da cidade, celebrando a vitória sobre a democracia que pelo visto vai ficar "anêmica" em Maracanã por um bom tempo, assim como está a saúde numa bela UTI.

 

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